sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

"Parem de nos roubar", dizem fotógrafos na SPFW

Mastrangelo ReinoMastrangelo Reino

Fotógrafos protestam na São Paulo Fashion Week contra roubo de equipamentos


Os fotógrafos que trabalharam na São Paulo Fashion Week realizaram um protesto na noite desta quarta-feira (2).

O motivo foi o roubo do equipamento do fotógrafo Keiny Andrade, freelancer da agência internacional Getty Images, dentro da sala de imprensa do evento, na tarde do mesmo dia.


Antes de começar o desfile da Cavalera, que encerrou a edição Outono/Inverno 2011, os fotógrafos levantaram cartazes de protesto e colocaram as suas câmeras para o alto.


Um dos cartazes dizia: "Parem de nos roubar". Espertos, eles escreveram alguns cartazes também em inglês, já que o evento é coberto por profissionais do mundo todo.


Roubo na sala de imprensa da São Paulo Fashion Week não é novidade.

Na última edição do evento, em junho de 2010, o fotógrafo Ernesto Rodrigues, do jornal O Estado de S.Paulo, teve furtado todo equipamento com o qual trabalhava, avaliado por ele em cerca de R$ 40 mil.

Em 2008, outro roubo já havia sido registrado: a fotógrafa Silvia Borello, da revista Corte Perfeito, teve furtada sua câmera, avaliada em R$ 4.000.

Na época, a organização da SPFW disse o mesmo que repetiu dessa vez: a responsabilidade pelo equipamento é do profissional. Com o argumento, se isentou de qualquer possibilidade de ressarcimento.

Contudo, os fotógrafos insistem em uma coisa: que câmeras sejam instaladas na sala de imprensa. Assim, teriam maior segurança para trabalhar - eles precisam utilizar equipamentos caros e pesados.

O pedido já foi feito inúmeras vezes, mas nunca foi atendido.

Questionada sobre o assunto pela reportagem do R7, a organização informa que vale o que está escrito em uma das cláusulas do credenciamento da imprensa, que diz que "a organização do evento não se responsabiliza, em nenhuma hipótese, por eventuais extravios e ou quaisquer danos causados a estes materiais".

Sobre as câmeras, a SPFW diz que não pretende instalá-las, porque elas "tirariam a privacidade dos profissionais".

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