segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Morre diretor de cinema francês Alain Corneau

O diretor, roteirista e produtor francês Alain Corneau, célebre diretor de "Todas as Manhãs do Mundo", (1992) entre outros grandes filmes, morreu na noite de domingo, 29, devido a um câncer, informou hoje seu agente, Artmedia Bratislava.

O cineasta, que em 7 de agosto completou 67 anos, acabava de estrear seu último filme "Crimes D'Amour", uma obra policial, como seus primeiros sucessos no cinema.

Corneau começou sua carreira como assistente de Costa Gavras. No início de sua trajetória na década de 70, ele colaborou com a cineasta Nadine Trintignant.

Alguns dos maiores atores franceses, de Gérard Depardieu a Yves Montand, passando por Jacques Dutronc, Michel Blanc e Daniel Auteuil, Monica Bellucci e Ludivine Sagnier, trabalharam com ele ao longo de sua carreira.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, prestou homenagem à obra de Alain Corneau e à memória "de um homem valente que soube defender os direitos dos autores em todas as circunstâncias".

Um homem que "sabendo a importância da arte e da necessidade de preservar aos criadores nunca cedeu à demagogia", celebrou Sarkozy em comunicado.

O ministro de Cultura francês, Frédéric Mitterrand, cinéfilo e profissional do cinema, elogiou o conjunto da biografia e considerou que Corneau deixará a lembrança "de um grande adaptador" da literatura ao cinema, "e de um homem aberto e sensível, com paixão, à pluralidade das culturas".


Miguel Rio Branco abre mostra sobre metrópoles no MIS

A exposição "Maldicidades - Marco Zero", que Miguel Rio Branco inaugura amanhã no Museu da Imagem e do Som (MIS), é apenas o primeiro de uma série de eventos em torno do artista, colocando-o em posição de destaque no circuito paralelo e oficial da 29.ª Bienal de São Paulo. Com fotografias, vídeos e instalação, a mostra do MIS se debruça sobre as cidades, revelando um olhar plural, ao mesmo tempo poético e crítico. Rio Branco, que vê as metrópoles "como casos terminais", registrou-as de forma tão intensa e distinta ao longo de décadas que planeja transformar todo esse material em livro, a ser editado em breve pela Cosac Naify.

"É uma forma de me libertar dessa temática, de colocar um ponto final nessa produção toda, criando algo que faça sentido", afirma. Também por isso o artista - que há anos mudou-se para a região serrana do Rio de Janeiro -, considera que a abertura de um pavilhão dedicado à sua obra em Inhotim, Minas Gerais, previsto para acontecer em 23 de setembro, seja de longe o fato mais importante de sua trajetória recente.

A possibilidade de exibir um conjunto amplo e denso de trabalhos, de forma orquestrada e num centro de excelência que se encontra afastado dos eixos metropolitanos é para ele motivo de contentamento. "Desde os anos 70 que sonho com coisas feitas fora das grandes metrópoles caindo aos pedaços", afirma. No pavilhão serão expostos diversos trabalhos inéditos ou raramente vistos, como "Diálogos com Amaú" (mostrado na Bienal de 1983); "Entre os Olhos o Deserto" e "Tubarões de Seda" (este último exibido apenas na Holanda). Algumas peças serão permanentes e outras trocadas de tempos em tempos. "Gostaria muito que fosse uma coisa viva", afirma Rio Branco sobre Inhotim.

Quanto à sua participação na Bienal, com a exibição do filme "Nada Levarei quando Morrer, Aqueles que me Devem, Cobrarei no Inferno" - que também estará em Inhotim -, pode-se afirmar que ela é pontual porém bastante simbólica, levando em consideração a ênfase dada pelo evento à relação entre arte e política. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Maldicidades - Marco Zero. MIS (Av. Europa, 158). Tel. (011) 2117-4777. 12h/19h (dom., 11h/18h; fecha 2ª). R$ 4 (dom., grátis). Até 31/10. Abertura amanhã para convidados, às 19h. Para o público, abre na quarta.

Para maiores de 18: Mostra aborda tema marcado por tabus e contradições


O Projeto Sexta Cultural do Grão Contemporâneo, em Brasília, inicia no próximo dia 20 uma exposição recomendada para maiores de 18 anos. Isso porque, a mostra retrata um tema, no mínimo, polêmico: o nu masculino.


A mostra “Nu Início”, do fotógrafo Sérgio Costa Vicent, levanta a questão para um assunto, que segundo o próprio artista, vem sendo marcado por tabus e contradições.


“Para o homem, lidar com a própria nudez é encarar também questões que vão além do próprio corpo”, ressalta o autor. A maioria dos modelos fotografados para a mostra são amigos de Vicent.


A exposição poderá ser visitada no horário de funcionamento do Grão Contemporâneo, das 13h às 24h. O Grão Contemporâneo fica na 103 Norte, bloco A, loja 52.

1ª semana f/508 de Fotografia: O evento homenageia o fotógrafo Miroslav Tichý


De 19 a 29 de agosto, o Espaço f/508, em Brasília (DF) realiza a “1ª Semana f/508 de Fotografia – I Love Film”. Nesta primeira edição, o evento homenageia o fotógrafo tcheco Miroslav Tichý, que capta imagens de forma instintiva, com lentes de ampliação e dispositivos feitos de sucata. O objetivo é promover o intercâmbio entre fotógrafos profissionais, amadores e demais interessados em fotografia.


As exposições “Fotografia Pinhole”, “Processos Fotográficos Históricos”, “Em Busca do Paraíso Perdido” e “Estética do Acaso” abrem a Semana f/508 de Fotografia. Palestras, oficinas e projeções também darão continuidade à programação do evento, voltada especialmente à fotografia analógica. O objetivo é promover, entre outras coisas, uma reflexão a respeito do lugar que a fotografia analógica passou a ocupar depois do surgimento e do crescimento da digital.


Para isso, estão previstas palestras cujos temas chamam a atenção para a relação entre o analógico e a mídia contemporânea; a preservação da cópia e do original e para as novas tendências e linguagens dos suportes analógicos.


Nas oficinas, realizadas entre os dias 20 e 29, os alunos terão a oportunidade de colocar em prática processos analógicos históricos, como daguerreotipia, cianotipia, marrom Van Dyke, papel albuminado, papel salgado e pinhole.


Para encerrar a Semana, será realizada a 6ª edição do projeto Lambe-Lambe, promovido pelo f/508 desde o ano passado, cuja proposta são as projeções fotográficas ao ar livre, que servem como plataforma para a divulgação de produções locais, nacionais e ibero-americanas. O evento começa no dia em que se comemora o Dia Internacional da Fotografia.



Mais informações:
(61) 3347-3985
www.fotoclubef508.com

“Meus mitos”: Mostra inclui fotografias e objetos


A artista plástica Marcela Tiboni está nos últimos preparativos para a sua primeira exposição individual. “Meus mitos” ficará em cartaz de 08 de setembro a 23 de outubro na Galeria Nuvem, em São Paulo. Ao todo, 11 obras irão compor a mostra, que inclui fotografias e objetos, além de texto crítico da curadora Angélica de Morais.


Marcela, que é mestre em Estética e História da Arte, abre através da mostra “Meus mitos” um diálogo de corpo e imagens com os mestres do passado, além de reavaliar uma possível relação com a estrutura da pintura como ela era entendida nos períodos Renascentista e Barroco, para um modo atual.


A artista procura harmonizar em seu trabalho o diálogo entre a pintura, a fotografia e a performance, através do autorretrato. Ela faz de seu próprio corpo o suporte base de sua obra.


A mostra poderá ser visitada de terça a sexta-feira, das 11h às 19h; e aos sábados, das 11h às 19h. A Galeria Nuvem fica na Mateus Grou, 355, no bairro Pinheiros.

Exposição fotográfica "Mutações": Destino e livre arbítrio são temas retratados na obra


Começa hoje, às 20h, no Piola Jardins, em São Paulo, a exposição “Mutações”, do fotógrafo paulistano Eduardo Miguel Garofalo.


A mostra reúne fotografias que chamam a atenção para assuntos que vêm sendo discutidos pela religião e pela filosofia durante séculos, a exemplo dos conceitos de determinismo e incerteza na vida humana e na natureza; e destino e livre arbítrio.


Na obra, com curadoria de Humberto Bujan Martin, os dados representam as partículas da misteriosa entidade espaço-tempo. A exposição ficará em cartaz até 03 de outubro, na Alameda Lorena, 1765, Jardins, em São Paulo.

SAFÁRI FOTOGRÁFICO NO PANTANAL com Valdemir Cunha - Outubro de 2010

Fazenda Barra Mansa
Saída 30/10/2010
Grupo entre 4 e 10 pessoas
O fotógrafo Valdemir Cunha vai orientar um workshop de fotografia no Pantanal. A estadia é na Fazenda Barra Mansa, junto ao Rio Negro - um dos lugares mais preservados da região. O roteiro mescla caminhadas, safáris, passeios de barco e aprendizado em paisagens marcantes e a natureza selvagem.

Quem é Valdemir Cunha
Valdemir Cunha trabalhou durante seis anos na Editora Abril como editor de fotografia das revistas Terra e Viagem & Turismo. Viajou por mais de oitenta países produzindo imagens para aquelas revistas e outros títulos da editora. Conquistou várias premiações de fotografia, entre elas três prêmios Abril.
De 2001 a 2009 foi editor executivo na Editora Peixes e criou e coordenou o departamento de fotografia da empresa, além de ter acumulado o cargo de editor executivo da revista Caminhos da Terra.
Em 2007, lançou o livro Pantanal: O Último Éden. No ano seguinte publicou mais um livro e fotografou para outros dois. Atualmente é publisher da Editora Origem, empresa que fundou com o objetivo de viabilizar projetos ligados ao Brasil.

Expedições
Localizada em uma área isolada e muito especial, considerada a região mais rica e preservada do Pantanal, a Fazenda Barra Mansa oferece atendimento personalizado e uma série de passeios e atividades únicas pelas paisagens pantaneiras. A pousada está localizada às margens do belíssimo Rio Negro, onde é possível realizar expedições de barco e canoa para observar a incrível natureza e vida selvagem da região, como jacarés, ariranhas, lontras, capivaras e até mesmo a onça-pintada. Além dos passeios fluviais, a pousada oferece também trilhas exclusivas de cavalgada, caminhadas em matas e campos abertos, observação de aves, pesca esportiva e o tradicional manejo de gado pantaneiro. A programação oferecida nesse roteiro será especial e teremos dois safáris fotográficos por dia com Valdemir Cunha. Todos os passeios contam ainda com o suporte de experientes guias locais.

O Pantanal
E falando em cenário, vale a pena destacar que o Pantanal é a maior planície inundável do mundo. Localizada na área de transição entre a floresta amazônica, o cerrado e os campos abertos do sul, forma um ecossistema único. Esse santuário ecológico é especialmente representado pela abundância de sua riquíssima fauna. São aproximadamente 650 espécies de aves encontradas em bandos numerosos, 89 de mamíferos, 230 de peixes e 52 de répteis. Cervos do pantanal, veados campeiros, tuiuiús, garças e tatus são vistos com facilidade. O jacaré é a maior atração e o animal mais evidente. Até mesmo animais ameaçados de extinção, como a onça pintada e a ariranha, são comuns na região.

O pacote inclui

Passagens aéreas a partir de São Paulo

Todos os traslados - veículo privativo: Campo Grande-Aquidauana-Campo Grande; traslado aéreo em monomotor no trecho Aquidauna-Fazenda Barra Mansa-Aquidauna;

03 noites de hospedagem na Fazenda Barra Mansa;

pensão completa na pousada (café da manhã, almoço e jantar);

5 safáris fotográficos com Valdemir Cunha;

acompanhamento de guias locais especializados;

seguro viagem e kit viagem Cia Eco.

Preços: pacote a partir de 4 X R$ 1.010,00 por pessoa, em apartamento duplo.
Opcional - safári fotográfico aéreo – valor adicional: R$ 265,00

Consulte saídas de outros estados.

Reservas: (11) 5571-2525 – Cia Eco



Assessoria de Imprensa

Simone Pompeo
(11) 9992-8593

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O Brasil no ousado projeto de j.r. Duran

Um projeto ousado, este da Rev. Nacional, criada e editada pelo fotógrafo J.R. Duran em parceria com a Burti. Uma publicação de 144 páginas que não terá lançamento nem será comercializada. Os 2 mil exemplares que acabam de ser impressos serão distribuídos por meio do e-mail revista@burti.com.br. Uma publicação sem anunciantes e sem periodicidade fixa. Uma revista customizada. Sabe-se apenas que será anual. Uma revista de qualidade gráfica excelente. Talvez, por isso, a palavra certa para este projeto seja ambicioso. "Uma revista para ver, ler e guardar", explica o fotógrafo por telefone.

Montada em lombada canoa e grampeada, grande formato e impressa em papel Novatech 170 g "como se fossem fascículos", a revista tem prvisão de durar dez anos: "No fim, teremos um volume único com 1.440 páginas, que mostram o Brasil." Essa é a ideia, contida em 1,5 kg de publicação. As matérias não têm títulos, apenas nomes que funcionam como se fossem um código: "Não são pautas. Convido pessoas a escreverem sobre temas, como quiserem, quanto quiserem e do jeito que preferirem. Em seguida, escolho as fotos para acompanhar os textos", relata Duran. As pessoas são múltiplas, mas as fotos são todas do próprio Duran. "Ensaios que gosto de fazer por conta própria, porque os temas me interessam. Não são trabalhos encomendados."

Neste primeiro volume, encontramos escritores e jornalistas escrevendo sobre variados e impensados temas: "Não diria que é new journalism, mas uma maneira de a pessoa se expressar como desejar." Por exemplo, texto do jornalista Fernando Paiva sobre pontes; do diretor da revista Brasileiros, Hélio Campos Mello, sobre o maestro João Carlos Martins; do cineasta e também diretor da revista piauí, João Moreira Salles, sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; da indigenista Rosa Cartagenes, que relata a vida dos índios Zo"é, só para citar alguns nomes que assinam matérias. Um processo de construção demorado e minucioso: "Recebo os textos e começo a desenhar as páginas. Isso demora. Preparo, troco, olho. Escolho a foto certa, e assim vai." Quase um processo artesanal. Um deleite. Poderia até ser descrito como hobby, não contasse a revista com a coordenação de Carol Steenmeijer, com apoio de Luiz Carlos Burti, Leonardo Burti e Leandro Burti, e fosse finalizada, impressa e distribuída.

Sonho. Com design limpo e clássico - "Só tem uma tipografia, fundo branco para todas as fotos" -, a publicação nos lembra as revistas ilustradas do início do século passado. Um sonho há muito acalentado por J.R. Duran. "Esse projeto vinha sendo elaborado em minha mente faz tempo, até que um dia decidi mostrá-lo para os Burtis e eles deram apoio."

Não é a primeira vez que Duran - autor de dois romances, Lisboa e Santos - se arrisca a fazer revistas. Durante anos publicou a Freeze, toda editada por ele. Mas essa era só de imagens e, também, distribuída e não comercializada. Agora, na Rev. Nacional ele une texto e imagem. "A melhor companhia para uma foto é um texto, e vice-versa. É por isso que na Rev. Nacional as imagens e os textos estão valorizados da mesma maneira. Ocupam um espaço igual, equilibrado e balanceado, mesmo com seus tamanhos diferentes, e um bom texto não precisa ter mil palavras para acompanhar uma foto", brinca. E o que leva um fotógrafo já conhecido por publicar suas imagens nas mais importantes revistas do País a querer criar sua própria publicação? "Não sei. Há fotógrafos que gostam de fazer cinema, eu gosto de fazer revistas." Simples assim!



quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Projeto Mosaico Minuto (D:H:M) marca Dia do Repórter Fotográfico



A ideia surgiu do fotógrafo Marcos Semola. Documentar o mesmo instante vivido por vários fotógrafos num horário sincronizado da câmera fotográfica, ou seja, às 17hs30 do dia 2 de setembro.


“A ideia é que cada um de nós faça uma única fotografia no mesmo dia, hora e minuto à partir do sincronismo dos relógios. Como resultado teremos um mosaico de imagens feitas por pessoas diferentes, em lugares diferentes, com equipamentos diferentes, assuntos diferentes, em condições de luz diferentes, mas tudo isso capturado no mesmo instante. Isso é o que dá brilho ao projeto”, explica Semola, o idealizador do projeto.


Semola faz questão de ressaltar que não se trata de um projeto pessoal, mas sim coletivo onde todos são co-autores. “Restrições? Nenhuma. Basta querer participar, acompanhar os comunicados, sincronizar o relógio da câmera, do pulso, fazer a foto no dia D: hora H e minuto M e submeter a sua fotografia com Exif que comprove data e horário”, explica o fotógrafo.


O objetivo do projeto não é escolher a melhor imagem ou mesmo criar o mais bonito mosaico de imagens, mas registrar o mesmo momento qualquer que sejam as condições fotográficas. Semola pensa, quem sabe, transformar o projeto num livro. “Esteja onde você estiver no momento. Com o celular no bolso na fila do banco? CLICK! No banheiro lavando o rosto? CLICK! No meio da sessão de cinema no escuro? CLICK! Esse é o espírito!”, convoca Semola.

Projeto: Mosaico Minuto D:H:M
Data: 02 de Setembro
Hora: 17:30


Sincronismo do Relógio DSHO: www.horalegalbrasil.mct.on.br

Repositório: Conta do Flickr: www.flickr.com/groups/mosaicominuto (cadastre-se)

Lembrete de Outlook: baixe pelo www.semola.com.br/disco/mosaicominuto.msg

Hot Site do Projeto: www.s4photo.co.uk/mosaicominuto

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Aplicativo de reconhecimento facial vai nomear fotografias de toda a web

Uma empresa de software está testando um programa de reconhecimento facial que reconhece as pessoas por meio de fotos publicadas na internet.

A companhia Face.com produziu a tecnologia que pode identificar as pessoas em redes sociais e álbuns virtuais, comparando uma foto a outras imagens semelhantes.

Para chegar aos resultados, o Photo Finder usa um algoritmo de faces – combinações obtidas por detalhes como tamanho e formato do rosto, olhos, boca, etc. Assim que uma fotografia é nomeada, o mesmo acontece com outras semelhantes.

Segundo a empresa, a precisão chega a 90% dos resultados e já são aceitas melhorias oferecidas por desenvolvedores voluntários de aplicativos para que o recurso passe das redes sociais para toda a internet.

O serviço de fotos Picasa, do Google, e o Facebook têm sistemas de organização de imagens a partir de reconhecimento facial. Com o aplicativo Phototagger, da Face.com, usuários da maior rede social do mundo agrupam fotos semelhantes e atribuem palavras-chave para cada uma delas. Quando o dono do perfil ou um amigo é identificado, quem usa o aplicativo recebe um aviso.

O site Daily Mail cita fontes da Cruz Vermelha com opinião favorável ao sistema por ser útil na busca por pessoas em casos de desastres humanitários, mas defensores da privacidade pessoal dizem que o Photo Finder pode causa desconforto entre internautas.

Emma Livingsto expõe pela primeira vez no Brasil.


Emma Livingston, uma fotógrafa inglesa, radicada na Argentina, expõe pela primeira vez no Brasil. A mostra “Paisagens Interiores” reúne duas séries fotográficas diferentes, mas com um mesmo olhar sobre o tema “paisagem”. A exibição acontecerá no Ateliê da Imagem Espaço Cultural, no Rio de Janeiro, de 27 de agosto a 22 de outubro.


Segundo Claudia Buzzetti, curadora da exposição, na primeira coleção intitulada, NOA, a artista dá destaque para paisagens monocromáticas, que deixam o observador curioso sobre o local onde foram feitas e como foram realizadas. “Elas representam uma busca de abstração e de reflexão sobre os clichês da fotografia de natureza”, acrescenta Cláudia. O ensaio fotográfico que deu origem à série, foi realizada na região nordeste da Argentina, entre 2005 e 2007.


Já, na série Tree Portraits Emma oferece sua interpretação sobre a vida das plantas nas grandes cidades, sugerindo que talvez devêssemos refletir sobre a presença da natureza nas metrópoles. As imagens foram tomadas frontalmente, sempre com a mesma luz e a mesma intenção figurativa.


“Paisagens Interiores” poderá ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h às 21h; e aos sábados, das 10h às 18h. A inauguração é aberta ao público.



Mais informações:
www.ateliedaimagem.com.br/galeria

Prêmio JornalistaseCia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade

As matérias que abordam a sustentabilidade como contribuição para o debate de temas ambientais, sociais e econômicos pela sociedade, poderão concorrer a R$ 89 mil em prêmios.

A primeira edição do Prêmio JornalistaseCia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade tem duas categorias: Mídia Nacional (Jornal, Revista, Rádio, Televisão, Internet e Imagem - Fotografia e Vídeo) e Mídia Regional (dividindo o Brasil em cinco regionais), além de um Grande Prêmio, concedido a um dos ganhadores de Mídia Nacional.

Podem participar trabalhos produzidos entre 1º de outubro de 2009 e 30 de setembro de 2010.

As inscrições vão até 8 de outubro no site .

Semana de Fotojornalismo na USP

A quarta edição do encontro entre alunos da Escola de Comunicação e Artes - ECA e profissionais de fotojornalismo tem palestras de João Roberto Ripper, Ed Viggiani e Ormuzd Alves.

De 30 de agosto a 03 de setembro, o evento terá, entre outras atividades, as palestras proferidas por repórteres fotográficos: “Fotografia e Direitos Humanos”, com João R. Ripper, no dia 30, às 17 horas, e “Do analógico ao digital”, com Ed Viggiani e Ormuzd Alves, no dia 31, às 17 horas.

A programação completa pode ser conferida em: http://jornalismojunior.blogspot.com/

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site: https://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dGR1NzZUZkJuazZMZXVsRG9ZeExkY0E6MQ

Serviço
IV Semana de Fotojornalismo
Abertura : dia 30 de agosto, às 14 horas
Auditório Ariosto Mila – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAU
Rua do Lago, 876 – Cidade Universitária - USP

Exposição sobre a última nevasca em SC


A nevasca que atingiu dez cidades em Santa Catarina no início deste mês é o tema de uma exposição que acontece simultaneamente em duas cidades do Estado, Florianópolis e Urubici. A Exposição “Serra Congelada” reúne as 60 melhores imagens de seis fotógrafos que há muito tempo esperavam pela oportunidade de fotografar a neve.


Para registrar o evento, os fotógrafos Ricardo Ribas, Markito, Plínio Bordin, Norton José, André Arcênio e Marcus Zilli precisaram enfrentar o frio congelante e as perigosas condições de tráfego devido ao gelo na pista.


Urubici foi uma das dez cidades atingidas pela nevasca que, tanto pela intensidade quanto pela amplitude da região atingida, foi a maior dos últimos dez anos no Estado. A neve em Urubici foi tão forte que chegou a causar o bloqueio da rodovia SC 430, o principal acesso para a cidade para quem segue de Florianópolis.


A exposição “Serra Congelada” pode ser visitada no Café Dom Joaquim, no centro de Florianópolis, até 31 de agosto de 2010; e também na cidade de Urubici, no Bistrô A Taberna, Panifício Universo, Café Canto do Sabiá e Átrio Restaurante, até 20 de setembro.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Rio de Cantos 1000, de Custódio Coimbra

O fotógrafo Custodio Coimbra, 56 anos, lança o livro Rio de Cantos 1000, com exposição de imagens do Rio na Galeria Tempo, especializada em fotografia. O vernissage com noite de autógrafos acontece no nesta segunda-feira e a mostra estará aberta ao público a partir da terça-feira até dia 24 de abril.

As 18 imagens foram selecionadas pelos curadores Márcia Melllo e Jayme Zettel a partir das 113 fotos publicadas no livro. Da praia à mata, do gingado das baianas às partidas de futebol, do Maracanã à Restinga da Marambaia, dos blocos de carnaval às procissões religiosas, Coimbra tem um olhar único sobre a cidade, resultado de mais de uma década de cliques, muitos deles aéreos.

A Galeria Tempo fica na Avenida Atlântica, 1782, Loja E, Copacabana, no Rio de Janeiro.

Coleção da Magnum comprada por Dell

Michael Dell, dono da empresa Dell de computadores, adquiriu a coleção New York, da Magnum Photos. Entre as quase 200 mil imagens adquiridas há muitas preciosidades de fotógrafos como Rene Burri, Elliott Erwitt, Henri Cartier-Bresson, Robert Capa e muitos outros mais. Foi o Financial Times que anunciou a compra da coleção, cujos valores não foram revelados. Para efeito de seguro estima-se em 100 milhões de dólares.

O destino dessas imagens todas será a Universidade do Texas, em Austin (Dell estudou biologia lá), onde serão preservadas, catalogadas e colocadas em exposição ao público.

Anunciada a shortlist da Sony. Três brasileiros estão entre os melhores.

Três brasileiros estão entre os melhores da terceira edição do Sony World Photography Awards. São eles: Duda Carvalho (categoria arquitetura-profissional), Calil Elias Neto, (categoria artes e entretenimento – profissional) e Leonardo Giannetti (categoria esportes - amador).

Foram registradas as inscrições de 80 mil imagens de fotógrafos de 148 países diferentes. Na shortlist estão 190 fotógrafos de 48 países nas 12 categorias profissional e 9 amador.

Museu Oscar Niemeyer abre exposição Marinhas – Arqueologia da Morte

O Museu Oscar Niemeyer abre nesta quinta (19), às 19h, a exposição Marinhas – Arqueologia da Morte. Há anos o fotógrafo Orlando Azevedo (1949) produz marinhas, denominadas arqueologia da morte, em que animais mortos e objetos em deterioração são recolhidos como “náufragos da existência”, como define o próprio autor. Trata-se de um olhar da morte como “a grande viagem da passagem e da vida”, na qual a fotografia, em resgate da memória, promove a “ressurreição da extinção”.

A mostra tem o patrocínio da HP – Brasil e Canson Infinity Brasil – Indústria de Papéis Especiais e o apoio do Governo do Paraná, Secretaria de Estado da Cultura e da Caixa Econômica Federal. A exposição é composta por 33 imagens (1m x 1,30m), produzidas em papel canson rag photographique, papel branco, 100% algodão.

A historiadora portuguesa Maria do Carmo Séren explica que esta arqueologia de Orlando Azevedo reconstitui o que foi a vida e o que foi desejo, porque “insinua que o tempo foi interrompido, que a morte evidente dos restos apela para a vida que foi”. Por outro lado, o fotógrafo admite que estabelece também uma “determinada e intencional ironia e crítica às acadêmicas marinhas”, no universo das artes plásticas. “As imagens possuem como não poderia deixar de ser um mergulho no ciclo da transformação e sua poética.”

Serviço:

Visitação: de 19 de agosto a 21 de novembro 2010

Museu Oscar Niemeyer

Rua Marechal Hermes, 999

Aberto de terça a domingo, das 10h às 18h

R$ 4,00 inteira e R$ 2,00 estudantes, com carteirinha

Gratuito para grupos agendados da rede pública, do ensino médio e fundamental, para estudantes até 12 anos, maiores de 60 anos e no primeiro domingo de cada mês.


Luiz Braga abre hoje exposição de fotografias

Ao contrário do que foi divulgado na edição de ontem, será aberta hoje a exposição “O percurso do olhar”, do fotógrafo Luiz Braga, no Museu de Arte Contemporânea Casa das Onze Janelas. A exposição reúne fotografias da série “Verde-noite, 11 raios na estrada nova, fotografia, nigthvision”, criada em 2009 com financiamento do Prêmio de Artes Plásticas Marcantônio Vilaça, da Funarte, que visa a criação de trabalhos inéditos para a composição de acervos de museus brasileiros. Integram a mostra obras doadas pelo fotógrafo com o objetivo de compor um acervo permanente de seu trabalho em sua terra natal.

A exposição foi montada em tom de retrospectiva e abrange o período de 1982 a 2010. Com a doação, o Museu das Onze Janelas passa a ser a primeiro museu a abrigar uma coleção de fotografias do artista na Região Norte.

Luiz Braga explica que cansou de esperar pelo poder público, por isso teve a iniciativa de fazer a doação ao museu paraense. “São centenas de milhares de reais em fotografias, mas não vou receber um tostão por isso. Tentei por muitos anos um financiamento para a aquisição de acervo, mas quando vi que isso não tinha chances de acontecer, resolvi agir por conta própria. Não estou reclamando, mas considero que esse é um papel do governo, preservar o patrimônio artístico”. Nos últimos dias, além de curador da 18ª exposição de fotografias da coleção Pirelli/Masp, em São Paulo, Luiz Braga também estava cuidando de uma outra exposição autoral, “Estrada Nova Sem Número”, também na capital paulista.

VEJA

Mostra fotográfica “Luiz Braga - O percurso do olhar”. Abertura hoje, às 19h30, no Museu de Arte Contemporânea Casa das Onze Janelas, na Praça Frei Caetano Brandão, s/n, Cidade Velha. A visitação segue até o dia 3 de outubro, de terça a domingo, de 10h às 16h, e nos feriados, de 9 às 13h. No dia 17 de setembro, às 19h, haverá um bate-papo com o artista, com participação da crítica de arte Marisa Mokarzel. Entrada franca. (Diário do Pará)

Família de fotógrafo revela verdade sobre fotos de óvnis em Trindade

Uma portaria da Força Aérea Brasileira publicada nesta semana no Diário Oficial da União determina como devem ser registrados e arquivados os relatos sobre os chamados Objetos Voadores Não-Identificados (Ovnis). O Fantástico teve acesso a documentos antigos que já tinham sido liberados pela Aeronáutica e estão no Arquivo Nacional em Brasília.

Os arquivos da Aeronáutica guardam uma célebre sequência de fotos feitas na Ilha de Trindade, a 1,2 km da costa do Espírito Santo. As fotos foram tiradas por Almiro Baraúna, que já morreu e aparece em imagens feitas pelo Fantástico há 13 anos. Até hoje as fotos são consideradas autênticas por muitos pesquisadores do Brasil e do exterior, apesar de um detalhe: em duas fotos, a imagem do disco é idêntica, só que de cabeça para baixo.

Neste domingo (15), o Fantástico descobriu a verdade sobre o óvni da Ilha de Trindade. Uma amiga da família de Baraúna relatou o que ouviu da boca do próprio fotógrafo: ele forjou as imagens, foi uma montagem.


"Ele pegou duas colheres, juntou, e improvisou uma nave espacial e usou de pano de fundo a geladeira da casa dele. Ele fotografou na porta da geladeira um objeto com a iluminação perfeita porque ele calculou tudo e não era bobo. Ele ria muito", diz Emília Bittencourt. O acervo de Baraúna está com uma sobrinha dele, que não quis gravar entrevista, mas confirma a fraude.

O caso número um do Brasil trata de cinco fotos de um disco voador na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em 1952. Elas foram tiradas pelo fotógrafo Ed Kéffel, da extinta revista “O Cruzeiro”. Circularam em uma edição extra, causaram grande impacto em todo o Brasil e correram o mundo. As fotos foram apresentadas às autoridades militares e muitos pesquisadores afirmaram: esta seria finalmente a prova de que os extraterrestres visitam a Terra. Será mesmo?

O pesquisador Claudeir Covo descobriu que não. “Se olharmos bem a foto, houve uma montagem. Para ter esse tipo de iluminação é preciso estar dentro d’água. Foi montagem”, afirma.

Operação Prato
Outro documento que ficou guardado durante décadas nos arquivos da Aeronáutica é o dossiê da chamada Operação Prato, conduzida por oficiais da Aeronáutica na região nordeste do Pará, em 1977. São centenas de relatos e muitas fotos de supostos óvnis. O comandante da Operação Prato, que já morreu, aparece em uma entrevista ao Fantástico, em 1997.

Mas há três anos uma revelação pôs em dúvida a Operação Prato, conhecida como a mais formidável coleção de documentos sobre discos voadores já coletada no Brasil. Fernando Costa, que assina um blog na internet como Fernando Dako, era filho do oficial da Aeronáutica responsável pela documentação da Operação Prato e tinha sido encarregado pelo pai de revelar as fotos tiradas pela Aeronáutica.

Em uma entrevista ao portal da internet Vigília, especializado em óvnis, Fernando confessou: “Eu passei a sacanear, ampliando qualquer ponto luminoso impresso no filme, para que ficasse parecido com um disco voador. Eu ria muito quando tinha notícias de publicações delas em livros de ufologia. Eu dividia o motivo da risada apenas com alguns amigos mais chegados”.

E o famoso ET de Varginha, em Minas Gerais? Ele teria aparecido em 1996 a três meninas e, segundo testemunhas, capturado pelo Exército, que sempre negou a história. Na época, o caso foi investigado e divulgado pelo pesquisador Ubirajara Rodrigues. Neste sábado (14), Ubirajara Rodrigues voltou ao local onde a estranha criatura teria sido capturada. Depois de 14 anos de estudo, ele diz que nada foi comprovado. "Não há provas nem indícios disso”, diz.

Mas, então, os discos voadores não existem? Resta pelo menos um caso importante nos arquivos da Aeronáutica que jamais foi explicado. Em 1986, jatos da Força Aérea foram acionados para perseguir 21 objetos luminosos que apareceram nas telas dos radares sobre São Paulo, São José dos Campos e Rio de Janeiro e que foram vistos pelos pilotos. “Era uma luz muito forte”, descreve um deles.

Exposição mostra enchentes de SP no século passado

A galeria Olido, na região central da capital paulista, abre nesta quarta-feira (18) a exposição Inundações em São Paulo. A mostra reúne fotografias de enchentes na cidade de São Paulo do final do século 19 até meados do século 20.

As imagens foram selecionadas a partir do acervo da Divisão de Iconografias e Museus do Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura. A maior parte do acervo é composta por imagens de autoria desconhecida, Entretanto, a exposição também conta com nomes de peso da fotografia brasileira, como Militão Augusto de Azevedo e Benedito Junqueira Duarte.

O tema da exposição surgiu no começo deste ano, quando o Estado bateu recorde de chuvas e mortes em decorrência das enchentes. De acordo com o curador da exposição, José Henrique Siqueira, o objetivo é fazer o público discutir o tema a partir das fotos antigas. Décadas mais tarde, o efeito das inundações na "terra da garoa" se tornou mais destrutivo. Siqueira diz que as intervenções do homem na cidade, por meio do processo de urbanização, mexeram com os rios e impermeabilizaram o solo, agravando a situação das enchentes.

- Chego a duas conclusões. A primeira é que as inundações fazem parte do cotidiano da cidade. Posso dizer que este não é um fenômeno atual. A segunda me permite concluir que a expansão de São Paulo incorporou áreas de córregos e rios, agravando esse fenômeno.

O professor de Arquitetura e Paisagismo da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) Paulo Pellegrino afirma que a situação que temos hoje é causada por dois problemas correlatos: um é a ocupação de áreas indevidas e o outro é o modelo de drenagem urbana utilizado na urbanização da cidade, que não resolveu o problema.

- Nós desaprendemos a conviver com as águas. Achamos que poderíamos enquadrá-la numa ideia de drenagem urbana que foi no caminho de apagar rios e água das paisagens urbanas. Além de criar uma paisagem mais pobre, acabou se mostrando contraproducente.


A urbanista Lucila Lacreta, do movimento Defenda São Paulo, explica que a várzea pertence ao rio e é a várzea que vai absorver a água quando o rio inundar, como é o caso dos rios Tamanduateí e Tietê, que periodicamente inundam. Porém, diz ela, o homem não respeitou isso e realizou construções justamente na área que inunda.

- Como nós teimamos e impermeabilizamos tudo, o rio ocupa o lugar que é dele. Para que não houvesse inundação, teria que ter obras de engenharia a um custo absurdamente alto para domar aquela vocação do rio em ocupar a várzea.


Inundações em São Paulo


Quando: de 19/8 a 3/10. De terça a domingo, das 13h às 20h

Onde: av. São João, 473, centro

Quanto: Gratuito

Informações: 011 - 3331-8399

Colaborou Julia Carolina, estagiária do R7

Exposições, debates e oficinas tratam da imagem em processos analógicos

Por Nahima Maciel

A fotografia analógica vai tomar conta do Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, a partir de hoje. É com homenagem à técnica cada vez menos praticada que o Fotoclube f/508 dá início à 1º Semana f/508 de Fotografia — I love film. Até o final do mês, o espaço recebe quatro exposições, ciclo de debates e oficinas focadas na prática da imagem concebida unicamente em processos analógicos. “Vamos discutir a preservação da cópia, as tendências e as linguagens do analógico”, avisa Humberto Lemos, um dos idealizadores do evento. “É um suporte que atrai muito a meninada, o pessoal jovem. No Rio de Janeiro houve até um crescimento de 20% na revelação de filmes.”

A facilidade e o custo da tecnologia digital baratearam o processo fotográfico e tomou conta do mercado nos últimos 10 anos. A foto em filme negativo perdeu espaço e ficou cara, mas a surpresa de não saber imediatamente o resultado de uma imagem ainda seduz os praticantes. “O analógico tem a ansiedade. Tenho um problema com o digital: demoro para passar para o computador porque o prazer de ver a foto já passou. Na foto analógica, além do prazer de pensar o resultado, tem essa ansiedade para ver como ficou”, explica Janaína Miranda, 22 anos, integrante do f/508.

Além das exposições e oficinas, a semana da 508 traz ainda uma homenagem ao tcheco Mirsolav Tíchy, especialista em construir suas próprias câmeras desde a década de 1960. Na noite do lambe-lambe, evento em que o f/508 realiza projeções, as imagens de Tíchy serão exibidas em telão, assim como um filme em stop motion com fotografias pinhole realizado pelo fotógrafo Dirceu Maués e imagens do grupo Low-Fi, que trabalha com fotografias realizadas com tecnologias alternativas. Veja ao lado as exposições e oficinas programadas para o evento do f/508.

Estética do Acaso: » A falta de controle sobre os erros ou acertos é o que atrai os seis fotógrafos da exposição, todos integrantes do fotoclube f/508. Com máquinas Lomo ou aparelhos classificados como de ``baixa tecnologia``, eles se expõem ao acaso para captar imagens nas quais a falta de controle se torna parte de uma linguagem.

Fotografia pinhole
» Pinhole é qualquer aparelho fotográfico construído de forma precária, com caixas ou latas transformadas em câmeras escuras prontas para receber a luz através de um orifício. A engenhoca pode ou não ter lente e o resultado é altamente empírico. O acaso tem papel importante na prática. Humberto Lemos, Thiago Barros e Beth Coutinho assinam as imagens desta exposição. ``Você não tem controle nenhum sobre o resultado e a técnica não é importante aqui. O pinhole não tem definição de ótica e dá um quê de sonho na imagem``, escreve Barros.

Processos históricos
» No século 19, quando a fotografia começou a ser popularizada, os meios de reprodução passavam longe dos processos industriais dos tempos modernos. Para reproduzir uma imagem era preciso dominar práticas artesanais, preparar o papel e ampliar imagem por imagem. Cianótipo, papel albuminado e papel salgado eram os processos mais frequentes. Alunos e integrantes do f/508 fizeram cursos para produzir o material da exposição ampliado com métodos artesanais na mostra que reúne nove fotógrafos e 25 obras.

Em busca do paraíso perdido
» O curitibano Angelo José da Silva transpõe para serigrafias as imagens de arte urbana — especialmente grafites — coletadas nas ruas das grandes cidades com uma câmera Rolleiflex e filme em preto e branco. O trabalho rendeu livro artesanal, costurado à mão e lançado em Brasília no início do mês. Na 508, Silva apresenta quatro imagens do livro ampliadas em 70 x 70cm.

Oficinas:

» Quatro oficinas estão programadas até o final do mês. Em Daguerreotipia os inscritos poderão aprender com Francisco Moreira da Costa a confeccionar daguerreótipos, placas de vidro nas quais a imagem era impressa nos primeiros tempos da fotografia. O coletivo Garapa, de São Paulo, será o único a abordar tecnologias contemporâneas com a oficina Experiência multimídia. As vagas estão esgotadas para os dois cursos, mas quem estiver interessado ainda pode se inscrever nas aulas de pinhole e processos históricos. Na primeira os alunos vão aprender a construir câmeras artesanais com o fotógrafo Dirceu Maués e na segunda, Luís Gustavo Prado ensina a manipular químicas para fixar fotos em papéis alternativos. Todas as oficinas são gratuitas e acontecem no Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul).

PROCESSOS ALTERNATIVOS
Com Luís Gustavo Prado. De 28/8 a 9/10
Sábado das 9h30 às 12h30. R$ 400 R$ 25 para o material

CONSTRUÇÃO DE CÂMERAS ARTESANAIS
Com Dirceu Maués. Sábados e domingos
Dias 21, 22, 28 e 29 de agosto, das 9h30 às 12h30 Preço: R$ 360

SEMANA F/508 DE FOTOGRAFIA — I LOVE FILM
Até 29 de agosto no endereço SCLN 413, Bloco D, sala 113


Para saber mais
Quadro de palestras com entrada franca

  • Preservação da cópia e do original — 23/08, às 19h30, Thiago Barros

  • O analógico e a mídia contemporânea — 24/08, às 19h30, com Gabriela Freitas

  • A fotografia intuitiva de Miroslav Tichý — 25/08, às 19h30, com Janaína Miranda

  • Wim Wenders e a fotografia on the road — 26/08, às 19h30, com Rose May Carneiro

  • Fotografia low-fi e a estética do acaso — 27/08, às 19h30, com Rafael Dourado