sábado, 30 de abril de 2011

Fotógrafo italiano constrói uma câmera pinhole dentro de uma casca de ovo

Câmera pin-egg
Câmera pin-egg
Como o dicionário de fotografia do Photonotes.org nos ensina, uma câmera pinhole é "uma forma de câmera muito simples que não usa lentes. Ela é simplesmente um recipiente fechado com um pequeno orifício em um dos lados. A luz penetra neste buraco e expõe o material foto-sensível colocado na parede oposta da câmera". E esse processo é muito popular na fotografia experimental, já que os fotógrafos transformam tudo que encontram em pinholes: caixas de fósforos, de sapatos, latas de achocolatado, eaté o próprio corpo. Muitas vezes até constroem complicadas ferramentas para fotografar com esse processo.
Mas o fotógrafo italiano Francesco Capponi levou o trabalhoso processo a um outro nível: a câmera Pin-ovo, construída inteiramente dentro de uma casca de ovo vazia. O diferencial, além do trabalho de paciência oriental e o cuidado extremo necessário para a construção, é que a câmera torna-se parte da obra no final. É na própria câmera, ou melhor, no próprio ovo, que a imagem fica gravada ao final da revelação. Inclusive, é na própria casca que se realiza a revelação da imagem.
Francesco Capponi
Câmera pin-ovo
Câmera pin-ovo
Em um instrutivo e interessante post no siteLomography, especializado em técnicas alternativas de fotografia, o próprio Capponi ensina passo-a-passo como construir uma câmera do tipo. Mas fica o aviso desde agora, sobre a dificuldade do processo de construção. O próprio Francesco traz as estatísticas: "Como vocês podem ver nas fotos, o processo é quase simples. A pior parte é lidar com a fragilidade da casca. Para conseguir fazer quatro boas fotos, eu destruí mais de 50 ovos. Eu devia ter feito um retrato do maior omelete pinhole desde os tempos do dadaísmo."
Como o fotógrafo explica em seu texto, o processo começa com o recorte de um quadrado na casca do ovo. Depois, é preciso pintar o interior do ovo com uma emulsão fotográfica em um quarto escuro, para não evitar exposição do material à luz. Na sequência, Capponi cobre o buraco com uma placa arredondada de bronze, com um pequeno furo no meio, uma capa de pinhole que ele já guardava de outros projetos. Depois é preciso envolver o ovo em um pano escuro, pois a casca é quase transparente e não consegue manter a luz do lado de fora da câmera. 
No caso da experiência de Francesco, a ideia era fotografar um homem dentro do ovo, em uma representação de nascimento. Então ele chamou modelos para posarem em frente ao ovo por quase um minuto. Depois de "clicar" as fotos, ele retorna ao quarto escuro e enche o ovo com ácido fotográfico processador e fixador. Após alguns minutos, só é preciso abrir um pouco mais o buraco que você já fez e pronto. Uma foto no fundo de uma casca de ovo. O resultado é impressionante.
Na galeria abaixo você vê as fotos de Capponi no fundo do ovo. Para conhecer outras câmeras pouco convencionais deste fotógrafo italiano, visite o site www.francescocapponi.it.

Braziliangels: Obra publicada no exterior destaca a incomparável beleza da mulher brasileira

Bia Oliveira, portal Photos 





Joaquim Nabuco

A editora americana Schiffer Books acaba de publicar o livro do fotógrafo carioca Joaquim Nabuco, “Braziliangels”. O livro, com mais de 190 páginas, apresenta imagens de modelos brasileiras em ensaios sensuais, realizados no Brasil. A publicação em capa dura e edição luxo será lançada oficialmente no Brasil a partir de março.

“A maioria das fotos foi feita para o site Colírio Brasil, que criei em parceria com o UOL, em 2004, e durou seis anos; e para a revista Trip entre 2001 e 2004”, destaca Nabuco ao Portal Photos.

Para a composição do livro, o fotógrafo admite ter evitado imagens de mulheres muito musculosas ou siliconadas. As fotos dão destaque também às belezas naturais e históricas do país.

Nabuco já fotografou para capas de CDs de grandes estrelas da música brasileira como Maria Bethânia, Bibi Ferreira e João Donato.

Segundo ele, o “Braziliangels” agradou tanto que a editora americana já fechou o lançamento de mais dois livros para 2011. O lançamento oficial no Brasil será feito nas lojas da FNAC de São Paulo (14/03), Curitiba (19/03), Porto Alegre (26/03) e Rio de Janeiro (03/04).

Expostas imagens de fotógrafo consagrado em O Cruzeiro



Retrato de Carmen Miranda (Foto: Jean Manzon,/Divulgação)
Os artistas, a moda e a política dos anos 40 no Brasil estão retratados nas imagens de Jean Manzon, um dos principais repórteres fotográficos da época e nome consagrado da revista O Cruzeiro. A partir desta sexta-feira (29) o público poderá conferir alguns de seus principais trabalhos em exposição na galeria FASS, em São Paulo.
São trinta imagens, feitas por Manzon. A maior parte da mostra é composta por fotografias ainda inéditas, de desfiles moda da época. As obras custam de R$ 6 a R$ 15 mil. Além disso, estarão expostas sete trabalhos consagrados na época em tamanho ampliado.
Manzon nasceu na França e lá trabalhou na revista Paris Soir. Veio ao Brasil em 1940, quando passou a formar uma parceria com o repórter David Nassar, em grandes reportagens de O Cruzeiro. O fotojornalista ficou conhecido por seus retratos de celebridades, como Carmen Miranda, e por ser o fotografo preferido do então presidente Getúlio Vargas.
Ainda em 1952, Manzon realizou algumas reportagens para a revista Manchete e em seguida foi convidado por Juscelino Kubitschek para fotografar Brasília e outras obras de seu governo. De 1968 a 1972 dirigiu a Paris Match e colaborou com a agência Magnum, em Paris. Morreu em Portugal em 1990
A galeria FASS foi aberta na noite desta quinta e inaugurada com a mostra de Manzon. O espaço dedicado à fotografia será administrado pelo escritório de mesmo nome, que hoje representa uma série de fotógrafos das décadas de 30 a 60.
Serviço
Exposição Jean Manzon
Galeria FASS
De 29 de abril a 28 de junho de 2011
Segundas a sextas, das 10h às 19h
Sábado, das 11h às 15h
Rua Rodésia, 26 - Vila Madalena

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Henri Cartier-Bresson, um olhar decisivo

Por Laureline Duvillard, swissinfo.ch

Mais de 50 anos após a primeira exposição dedicada ao fotógrafo, o Museu da Forma de Zurique apresenta uma grande retrospectiva sobre a obra de Henri-Cartier Bresson.

Um passeio através da obra do homem da câmara Leica e um dos fotógrafos mais marcantes do século 20.


Na Espanha, em Sevilha, em 1993, um grupo de crianças brincando atrás de outra com muletas de madeira e captados em pleno movimento. Seus risos, suspensos na eternidade, ainda parecem ressoar na grande sala do Museu da Forma (Museum für Gestaltung, em alemão).

Trata-se de uma ilustração perfeita da fotografia de Henri Cartier-Bresson e do "instante decisivo", o conceito criado no seu célebre primeiro livro "Imagens de última hora" (1952), mas que marca a obra do artista desde o seu começo.

"De repente compreendi que a fotografia pode fixar a eternidade do momento", escreve ele em 1977 à Joan Munkácsi ao falar de uma imagem do seu pai, Martin Munkácsi, onde aparecem três jovens de cor negra imobilizados a caminho do lago de Tanganyika, em 1930.


Um pioneiro

Conquistado pela fotografia, o artista francês sai à busca da imagem. Ele se funde com a paisagem, aguarda e, quando o momento é propício, a composição perfeita, ele aperta o botão da sua câmara Leica.

"Eu não tenho nenhuma mensagem a transmitir, nada a provar. Ver e sentir: é o olho surpreendido que decide", escreve o fotógrafo, cujo olhar único deixou sua marca no século 20. Pioneiro do fotojornalismo e excelente autor de retratos, Henri Cartier-Bresson se impõe como um compositor único, com imagens estéticas e técnicas, mas também fotos que contam histórias ou trechos da vida.

A exposição em Zurique cobre perfeitamente todas as facetas do fotógrafo. São 300 das suas imagens, selecionadas no conjunto da obra do artista. Elas são completadas por reportagens publicadas nas revistas "Du" (revista cultural suíça em alemão), Life ou também filmes.


Viagens pelo mundo

México, Espanha, EUA, Indonésia, Índia, China, Rússia, Europa: o percurso se divide entre os diferentes países explorados pelo artista. São imagens que começam nos anos 30, exibindo a miséria em um bairro do México, até uma reportagem sobre a Suíça (publicada na revista "Du"), onde ele retrata o ambiente de Zurique nos anos 1960. Ele também aborda a crua realidade da América dividida ou a tensão ligada à queda do regime Kuomintang.

Com um estilo afiado, Henri Cartier-Bresson está sempre lá onde deve estar, no momento certo, seja durante o fim de um regime, a morte de um líder, o reflexo de um pedestre ou a fixação de um olhar. Talvez seja a intuição, como quando encontrou Mahatma Ghandi uma hora antes de ser assassinado. E cessa na foto do poeta e dramaturgo Paul Claudel, que cruza um carro fúnebre e depois recita três vezes "a morte, a morte, a morte".


Maneira de viver

"Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração. É uma maneira de viver", diria Henri Cartier-Bresson. O artista enquadra o cotidiano para tirar dele condensados da história. Para fazê-lo, ele tentará até o cinema. Inclusive, seus dois filmes de propaganda republicana, realizados durante a guerra civil na Espanha - "Vitória da vida" (1937) e "A Espanha viverá" (1938) - são também apresentados em Zurique. Assim como "O Retorno"  (1945), seu filme mais importante, uma reportagem sobre o retorno dos deportados da Segunda Guerra Mundial.

Uma guerra que se encarna também pela apresentação de um fac-símile do famoso "Scrapbook", um caderno de rascunho onde o fotógrafo organiza as fotos que ele apresentaria em Nova Iorque em 1947. De fato, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) acreditava que Henri Cartier-Bresson havia morrido durante a guerra e organizou para ele uma exposição póstuma, uma benção para o fotógrafo que havia conseguido escapar de um campo nazista.


História em uma fração de segundos

Além disso, foi na sequência da exposição que ele cria a célebre agência Magnum Photos juntamente com Robert Capa, David Seymour, George Rodger e William Vandivert. Os grandes fotógrafos dividem entre si o mundo: Henri Cartier-Bresson parte para descobrir a Ásia.

Ele fotografa a morte de Ghandi, o teatro balinês ou os chineses sob a pressão de um regime político que está entrando em colapso. São olhares que captou em centenas como em 1954, na União Soviética, atrás da Cortina de Ferro. Lá ele faz registros da vida cotidiana dos trabalhadores e  dirigentes comunistas com poder absoluto. Em Leningrado, em 1973, ele fotografa um homem e seu filho sob a sombra de uma estátua do Lênin, com uma altura sufocante.

Em uma imagem Henri Cartier-Bresson fornece uma época, como ele consegue fazê-lo nos seus retratos. "Fazer um retrato é, para mim, a coisa mais difícil. É um ponto de interrogação colocado em cima de qualquer pessoa", declarou. Truman Capote, Alberto Giacommetti, Henri Matisse e Pablo Picasso: seu olhar aguçado conseguiu, portanto, oferecer sutilmente caracteres complexos. Personalidades ou pessoas anônimas: o enquadramento é sempre milimetrado, o ambiente é ideal e o "tiro" magistral.

"Eu sou sempre um prisioneiro escapado", afirma o fotógrafo no documentário de Heinz Butler, cujo título é "Biografia de um olhar" (2003). Talvez seja por essa razão que, durante toda a sua vida, Henri Cartier-Bresson conseguiu dominar tão bem a capacidade de detectar o instante decisivo.


Laureline Duvillard, swissinfo.ch
Adaptação: Alexander Thoele



O engenheiro aposentado e fotógrafo amador Ralph H. Bernstein é o autor da foto divulgada nesta quinta-feira pela Nasa, que mostra o satélite natural da Terra, a Lua, durante a fase quarto minguante.
Bernstein, que trabalhou na companhia telefônica AT&T e mora no condado de Monmouth, em Nova Jersey (EUA), produziu a imagem no último dia 14.

O quarto minguante é uma das fases lunares e ocorre quando a área iluminada é maior do que a metade do objeto.
Na foto, a parte iluminada é equivalente a 80% do tamanho da Lua.
Ralph H. Bernstein/Nasa

Foto da Lua tirada por engenheiro aposentado; área iluminada correspondente a 80% do satélite
Foto da Lua tirada por engenheiro aposentado; área iluminada correspondente a 80% do satélite

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Nikon anuncia filial no Brasil com investimento de US$ 10 mi


A Nikon, um dos principais fabricantes mundiais de câmeras, lentes e acessórios fotográficos e concorrente direto da Canon, anunciou no fim da manhã desta quarta-feira, em São Paulo, a implantação da primeira unidade da companhia no Brasil. Com investimentos de US$ 10 milhões, a sede brasileira também será a primeira subsidiária da Nikon na América Latina. Além da comercialização de produtos, um dos destaques será a assistência técnica especializada e o suporte aos clientes. A central de prestação de serviços funcionará em um prédio na Avenida Paulista.

Presente em mais de 80 países, a principal concorrente da Canon quer comercializar sua linha completa de câmeras, que inclui modelos compactos e DSLRs (Digital Single Lens Reflex), lentes, acessórios fotográficos e equipamentos para laboratórios, como microscópios de precisão.

A expectativa inicial da empresa no Brasil - que tem como foco principal o fotógrafo amador e o amador avançado - é se tornar "um dos principais players no mercado de fotografia" dentro de pelo menos três anos. Isso significa conquistar a fatia de 15% do mercado de câmeras compactas e 40% das câmeras reflex (DSLRs). O setor consome, por ano, cerca de 7 milhões de câmeras.

O gerente de marketing e vendas da subsidiária no Brasil, Joel Garbi, admite que as projeções para conquistar o mercado local são ambiciosas. "Segundo a empresa de pesquisa de mercado JFK, a participação anual da Nikon no mercado brasileiro é de 1% na área de câmeras compactas. No setor das câmeras reflex é de 17%. Nosso objetivo é chegar a 15% nas câmeras compactas e 40% das câmeras reflex em até três anos. A nossa ambição é grande, mas ela é grande como a marca e acho que podemos sonhar com isso", disse ele.

De acordo com o presidente da unidade brasileira, Koji Maeda, o fato de o Brasil ter "consumidores fiéis" da marca pesou na decisão da companhia de iniciar suas operações. "Escolhemos o Brasil por ser o maior mercado desse continente e por ter uma importante base instalada com muitos consumidores fiéis. No primeiro ano de atividades da Nikon do Brasil, a nossa previsão de vendas é de R$ 100 milhões, além de contribuir para a atividade fotográfica do País", afirmou Maeda. A empresa também mira eventos esportivos, como a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016.
Assistência técnica
Além do oferecer a linha completa de produtos fotográficos, que possui cerca de 300 itens, a Nikon no Brasil vai oferecer assistência técnica e serviço de atendimento ao consumidor (SAC), tudo centralizado em um prédio na Avenida Paulista, em São Paulo. O canal de atendimento já entrou em operação através do número 0800-88-64566 (ou 0800-88 NIKON).

Uma campanha publicitária chamada "Eu sou Nikon" será lançada amanhã no País e, segundo a empresa, mostrará "pessoas reais vivenciando situações do cotidiano".
"Teremos essa campanha publicitária que visa divulgar a marca Nikon. Fora isso, a equipe de vendas vai trabalhando para colocar os nossos produtos no maior número possível de pontos de venda, para que a gente seja visto, antes de mais nada", disse o gerente de marketing e vendas, Joel Garbi.
O site da Nikon no Brasil já está no ar no endereço http://www.nikon.com.br/. A empresa, que deve ter 2 mil pontos de venda em até dois anos, ainda não definiu se o site terá oferta online de produtos. A expectativa, porém, é que os lançamentos mundiais sejam feitos ao mesmo tempo no Brasil.
Faturamento
Atualmente, o faturamento mundial da Nikon é estimado em US$ 10,5 bilhões entre abril de 2010 e março de 2011. O executivo japonês Koji Maeda, que já trabalhou na sede da Nikon no Japão e nos Estados Unidos, presidirá as operações da companhia no Brasil. A empresa atua no mercado fotográfico desde 1917 e possui

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Livro traz mais de 90 fotos dos Beatles feitas por Don McCullin

Em 1968, depois do ambicioso e vanguardista "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band", os Beatles trabalhavam no projeto que viria a ser o emblemático "White Álbum". Nessa época, resolveram chamar o premiado fotógrafo de guerra Don McCullin para registrar imagens da banda durante um dia inteiro. O resultado está em "Um Dia na Vida dos Beatles", lançado pela Cosac Naify.




Don McCullin/ Divulgação


A obra de capa dura traz mais de 90 fotos de John, Paul, George e Ringo em diversos lugares de Londres, como na região portuária do East End, na rotatória da Old Street, na beira do Tâmisa e até na casa de McCartney, em St. John's Wood. O músico, aliás, assina um texto no livro em que relata um pouco do que aconteceu durante a sessão com McCullin.

"Cheguei vestindo um terno rosa e ele fez algumas fotos coloridas. Também havíamos levado outras roupas. Sugerimos alguns lugares, e Don indicou outros. Fomos ao cemitério e até a margem do rio. De repente, acabamos num salão com um piano e um papagaio, tudo muito surreal, surreal como toda aquela época".






Don McCullin, por sua vez, pensou que o primeiro contato telefônico que recebeu sobre o projeto era um trote. "Uma voz masculina desconhecida disse que estava ligando da gravadora Apple para saber se eu tinha interesse em passar um dia inteiro fotografando os Beatles em troca de duzentas libras", narra na apresentação do livro.




Quando percebeu que a ligação não era nenhuma "pegadinha", o fotógrafo ficou lisonjeado. "Mal sabiam que, ao ouvir a proposta, eu me senti levitando alguns centímetros acima do chão. Eu teria pago a eles as duzentas libras", revela no texto introdutório intitulado "Uma Louca Escapada".

*
"Um Dia na Vida dos Beatles"
Autor: Don Mccullin
Editora: Cosac Naify
Páginas: 144
Quanto: R$ 59,90
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha.

Brasileiro Cao Guimarães exibe séries fotográficas e curta-metragens em Paris

PARIS, França - O fotógrafo e cineasta brasileiro Cao Guimarães expõe até 14 de maio, na galeria Xippas (Paris), três séries de fotografias e cinco curtas-metragens produzidos nos últimos dez anos.

Nas fotografias e nos curtas-metragens de Guimarães destaca-se sua capacidade de ver no cotidiano, na vida urbana, os detalhes que as pessoas normalmente não vêem, destacaram os organizadores.

O artista se fixa em particular em sua série "Gambiarras", que trata da forma que os brasileiros encontram para enfrentar as dificuldades financeiras, em sua desenvoltura e habilidade para regular qualquer utensílio para remendar objetos quebrados com ferramentas simples.



Cao Guimarães, natural de Belo Horizonte, produziu seis longas-metragens e mais de 20curtas, exibidos em festivais como os de Veneza (Itália), Sundance (Estados Unidos), Cannes (França) e Palmas (Espanha).

Além disso, expôs na galeria La Caja Negra, em Madri, na Tate Modern de Londres, no Guggenheim e no MoMa de Nova York, no Frankfurter Kunstverein de Frankfurt e na Galeria Nara Roesler de São Paulo.

Transitivo Direto: Mostra retrata o cotidiano de grandes cidades, sob o olhar do fotógrafo Marcos Sêmola




O Centro Cultural Justiça Federal do Rio de Janeiro inicia neste mês a exposição “Transitivo Direto”, com fotografias de Marcos Sêmola. Trata-se da primeira individual do fotógrafo carioca, que morou por quatro anos na Europa e tem no currículo trabalhos apresentados nos Estados Unidos, Inglaterra, Holanda e em outros 12 países.



“Transitivo Direto” entra em cartaz no próximo dia 17. A mostra reúne 14 imagens impressas e 80 projetadas, em preto e branco, filme e digital, que formam uma linha do tempo das idas e vindas de Sêmola entre os países que morou. Seus trabalhos convergem para a fotografia street, publicitária e jornalística.



A exposição baseia-se na captura de pessoas e ações passageiras e retrata o cotidiano das cidades a partir do olhar atento do fotógrafo, que prefere não interferir na cena e apresentar os instantes tais como são.



"Marcos Sêmola já marca presença no cenário da fotografia mundial com uma visão original sobre o cotidiano das grandes cidades", destacou o jornalista André Teixeira ao comentar o trabalho de Sêmola numa matéria, publicada na Revista Photo Magazine, de 2009.



Os trabalhos de Sêmola estão também em sua galeria virtual: www.s4photo.co.uk e integram o famoso banco de imagens da agência Getty Images. A mostra ficará em cartaz até 17 de abril. O Centro Cultural Justiça federal fica na Avenida Rio Branco, 241, no Centro do Rio.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Fotógrafo brasileiro registra como o Japão tenta se reerguer

LIUCA YONAHA
Calma, organização e respeito ao próximo em uma situação de calamidade. Foi isso o que o fotógrafo André François tentou registrar nos dez dias que passou no Japão, visitando áreas atingidas pela maior catástrofe do país desde a Segunda Guerra Mundial. François e sua assistente, a jornalista Paula Poleto, viajam o mundo para mostrar como a saúde é tratada em diferentes contextos. O fotógrafo havia visitado o Haiti, em janeiro de 2010, também após uma grande tragédia – o terremoto que devastou Porto Príncipe. Decidiu ir ao Japão para comparar as duas realidades. “Queria mostrar as equipes de resgate, de reconstrução, como elas se comunicam entre si. A integração é um grande problema nessas situações, quando há muita gente querendo ajudar, pode acabar esforço desperdiçado”, diz.

François diz que a solidariedade manifestada em um respeito extremo ao próximo e às regras o surpreendeu. Diferentemente de outras imagens que vimos em catástrofes recentes, como os terremotos do Haiti e do Chile, no ano passado, praticamente não há registros de saques e furtos às residências abandonadas pelo risco de radiação ou aos pertences espalhados pela onda gigante. “Andei muito nos escombros. Achei uma caixa de joia aberta e as joias estavam lá”, diz. O fotógrafo conta que viu pertences pessoais separados e organizados entre os destroços de casas. “Militares e pessoas comuns faziam isso: organizavam os objetos, documentos, fotos e colocavam em um cantinho, para quando os moradores ou familiares chegassem ali.”

A comida escassa também era dividida. François acompanhou um grupo de brasileiros que havia arrecadado um caminhão de alimentos para doação. “Chegamos a Minami Sanriku (em Miyagi) e encontramos um abrigo novo, que tinha sido descoberto recentemente. Eles olharam e disseram: ‘temos comida para três ou quatro dias. Vocês podem procurar gente que está precisando mais’.”

Em sua expedição, François chegou ao município de Ishinomaki, um dos mais atingidos, em Miyagi, quando a área devastada havia acabado de ser aberta à população. Lá, encontrou uma jovem de cerca de 28 anos, caminhando bastante triste. “Ela se chamava Abe. Depois de um mês do terremoto, havia conseguido entrar no bairro onde os pais moravam”, diz. Abe estava em seu segundo dia de busca nos escombros por algum vestígio de sua família. “Não tive coragem de conversar muito a fundo com ela, de perguntar se ela acreditava que os pais pudessem estar vivos.” Como Abe, François viu dezenas de pessoas procurando por familiares, mais de 30 dias após o tsunami devastador em Ishinomaki.

Em uma região rural, a 30 quilômetros de Sendai, conversou com um casal de idosos que lhe disse que todas as pessoas que conheciam na vizinhança em que moram há 60 anos morreram. “Eles escaparam porque ele, um senhor de cerca de 70 anos, viu o tsunami, pegou o carro e fugiu, dirigindo e vendo o tsunami atrás”, afirma narrando a cena aterrorizante.

Apesar das histórias tristes, François deixou o Japão nesta semana com a vontade de mostrar a todo o mundo a forma como os japoneses estão encarando a catástrofe. “É uma grande lição para a humanidade”, diz.

Nos dias no Japão (essa foi a primeira vez que o fotógrafo visitou o país), diz que o maior medo era da contaminação por radioatividade. François e sua assistente se informaram bastante sobre os riscos e andaram o tempo inteiro com medidores de radiação. Em momento algum, os equipamentos apontaram que pudessem estar se expondo ao perigo. As fotos e os relatos coletados formarão mais uma etapa do Projeto Vida, uma parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Panamerica de Saúde (Opas). “Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é a base de nosso projeto. Ela diz que a cada dólar investido em uma ação de saúde e educação, cinco dólares serão economizados no ‘curativismo’ (tratamentos, e não prevenção).”


Veja imagens em http://migre.me/4mjw7

Fernanda Tavares é fotografada seminua para revista

A modelo Fernanda Tavares, 31, foi fotografada seminua em área industrial para figurar na capa da revista "Status", que volta às bancas nesta semana.


Veja uma das imagens abaixo:

Antífona, por Gal Oppido



O fotógrafo e ensaísta Gal Oppido foi buscar inspiração nas "formas vagas, fluídas, cristalinas" da "Antífona" do poeta Cruz e Souza para montar exposição homônima, em cartaz no museu Afro Brasil, na capital paulista. Pontuada pela visão de Oppido sobre o feminino liberto, a mostra reúne 27 registros de rostos e corpos produzidos como maneira de retomar a discussão sobre o papel da mulher da atualidade.

As fotos apresentam figuras femininas com personalidades e características diferentes. O resultado é um ensaio original, emoldurado pela sensualidade e por um delicado jogo de luzes. Em meio às imagens, referências ao nascimento da Vênus, do pintor Sandro Botticelli (1445-1510).

Antífona carrega uma das marcas do trabalho de Oppido: a exploração do corpo como forma de arte. A escolha do poema do simbolista Cruz e Souza se deu para expressar o sentido de liberdade da mostra.

Na interpretação do fotógrafo, Cruz e Souza voltava sua crítica para a sociedade "serpenteada pelo racismo, preconceito e discriminação, sem abandonar o seu fazer poético".

Marcos Aurélio Oppido é nome de destaque na fotografia aplicada às áreas de artes cênicas, expressão corporal e arquitetura. Expondo desde 1981, seus trabalhos integram acervos do MASP, MAM e MIS. Formado em arquitetura, iniciou sua carreia conjugando fotografia e desenho. A efemeridade do tempo, a simbologia de objetos abandonados e a relação do homem com a matéria são temas recorrentes em seus trabalhos.

Serviço

Antífona (até o dia 30/04)
Museu Afro Brasil
Av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº, Parque Ibirapuera- Portão 10, São Paulo -SP
De terça a domingo, das 10 às 17 horas
Entrada gratuita
Terra Magazine

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Na mão: a compacta de 5 mil reais da Fuji





Mesmo com sua produção prejudicada pelo terremoto no Japão, a Fujifilm trouxe ao Brasil uma amostra da ultra-hype FinePix X100, e nós já colocamos nossas mãos nela.


Com visual retrô, muita gente a confunde com uma câmera de filme 35 mm, e é justamente nas rangefinder do passado em que ela foi baseada. A frente da máquina, de fato, se assemelha muito com a Olympus 35 RC (1970) e a Leica Leica M3 (1954). Mas a parte traseira, com seu LCD de 2,8” e botões de operação, denuncia de pronto que esta Fuji não vai pedir rolos de filme para clicar.

O corpo da X100 é feito em liga de magnésio, passando sensação de um produto bem feito e durável. A lente, fixa, possui distância focal equivalente a 35 milímetros (entre a grande-angular e a “normal”), com abertura de f/2 — bastante clara, mas que poderia ser ainda mais ampla, na nossa opinião.




O visor híbrido da X100 é um dos seus grandes destaques, já que inaugura um novo modo de visualização. Ele é ótico, mas o fotógrafo pode alternar para o EVF (totalmente eletrônico) ou para uma justaposição de informações eletrônicas, como horizonte virtual e régua de fotometria, sobre a imagem analógica. Assim como nas outras câmera dotadas de telêmetro (dispositivo para basear o foco na medição da distância do objeto fotografado) utilizar a opção ótica para assuntos muito próximos (close-ups) fica inviável. Aí, então, o usuário pode usufruir do visor LCD.

A qualidade da imagem da pequenina, como se tem comentado mundo afora, é muito acima da média das máquinas compactas. O sensor CMOS da X100 não é proporcional a seu tamanho: de formato APS-C, assemelha-se aos empregados nas grandalhonas SLR, como a Nikon D3000 e a Sony A55. As fotos tiradas com ISO 3200 e 6400, por exemplo, possuem ruído incrivelmente baixo, comparável ao que faria uma compacta na configuração ISO 800, grosso modo. O vídeo que esta FinePix consegue fazer tem resolução de até 720p, com foco automático e 30 quadros por segundo.



Para os saudosistas, a X100 faz simulação automática de diferentes filmes da Fuji, como o PROVIA, Velvia e ASTIA. Na nossa breve impressão, achamos que o resultado é muito semelhante ao que qualquer compacta faz, ou seja, é escancaradamente artificial. Contudo, Gardinel Vanzela, responsável pelas câmeras da Fujifilm que chegam ao Brasil, afirma que a amostra testada não é a versão final; é necessário aguardá-la para um veredito real. Este será publicado em breve para a seção de Reviews da INFO.

A FinePix X100 ainda não está disponível para compra, em qualquer parte do mundo. Os assessores da Fuji garantem que a encontraremos na prateleira na primeira quinzena de maio, com a etiqueta de peitofurantes R$ 4.999. Ainda assim, seu valor deve ser menor que as concorrentes diretas, todas da linha M da Leica.

Fotógrafo e documentarista morrem em ataque na Líbia




Um fotógrafo e um documentarista ocidentais morreram nesta quarta-feira (20) durante um ataque de morteiro na cidade líbia de Misrata.
O documentarista e fotojornalista Tim Hetherington, nascido na Inglaterra e radicado nos EUA, que chegou a concorrer a um Oscar, e Chris Hondros, da agência Getty, foram mortos enquanto trabalhavam na cobertura da guerra civil entre os rebeldes oposicionistas e forças leais ao ditador Muammar Kadhafi. Hondros chegou a receber cuidados médicos, mas não resistiu e morreu.

Outros dois fotógrafos ficaram feridos: Michael Brown e Guy Martin também se machucaram.

As informações foram confirmadas por colegas e fontes médicas na cidade, tomada pelos rebeldes e sitiadas por forças pró-governo.

Eles teriam sido atingidos na Rua Trípoli, principal área de confrontos na cidade sitiada.


Sebastian Junger e Tim Hetherington (à direita), diretores de 'Restrepo', em foto não datada (Foto: Tim Hetherington/Outpost Films via The New York Times


Sebastian Junger e Tim Hetherington (à direita), diretores de 'Restrepo', em foto não datada (Foto: Tim Hetherington/Outpost Films via The New York Times)
Um colega, no Facebook, chegou a informar erradamente que Hondros também tinha morrido. Mas depois foi confirmado que ele estava gravemente ferido.

Hetherington foi um dos diretores do documentário "Restrepo", sobre a guerra do Afeganistão, vencedor do Festival de Sundance e indicado ao Oscar no ano passado.
Jornalista de origem britânica, ele cobriu inúmeros conflitos ao longo dos seis últimos anos.
Ele chegou a ganhar o World Press Photo Award em 2007 por suas fotos de soldados americanos no Afeganistão.


O trabalho foi base para o documentário.

Os rebeldes afirmaram que cinco civis morreram na cidade nesta quarta vítimas de morteiros lançados pelas forças oficiais.


Jornalistas na mira

Um cinegrafista da rede qatariana Al Jazeera, Ali Hassan Al Jaber, já havia sido morto, e um outro jornalista da rede ficado ferido no dia 12 de março em uma emboscada perto a Benghazi, bastião da oposição no leste líbio.
Mas Hetherington foi o primeiro jornalista de um veículo estrangeiro a ser morto na Líbia desde o início da insurreição contra o regime do coronel Kadhafi, em 15 de fevereiro.


Vários jornalistas foram também presos e disseram ter sido torturados pelo regime líbio.





Cena do documentário 'Restrepo' (Foto: Divulgação/Divulgação

Fotógrafo capta criaturas luminosas no oceano


O fotógrafo Joshua Lambus, de 25 anos, costuma documentar minúsculos animais marinhos luminosos no mar do Havaí durante mergulhos em águas profundas na região.







Veja galeria de imagens em http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/2640-criaturas-luminosas-no-oceano

A coleção impressionante de imagens produzidas por Lambus inclui águas-vivas, polvos, lulas, camarões e diversos tipos de peixes brilhantes. Boa parte deles tem até quatro centímetros de comprimento.

Os animais foram encontrados a grandes profundidades na costa da ilha Havaí, a maior do arquipélago.

Segundo Lambus, as fotos são tiradas em mergulhos noturnos. De barco, ele vai até cerca de cinco quilômetros longe da costa e mergulha na completa escuridão.

O fotógrafo acumula imagens feitas durante mais de 400 mergulhos em águas profundas.

Ele diz que "falta de luz e de referências é o mais próximo que posso imaginar de estar no espaço".

Cisco anuncia o fim da câmera digital Flip





A empresa americana Cisco Systems anunciou nesta terça-feira que vai parar de fabricar a câmera filmadora Flip. O produto é um pouco maior que um smartphone e sua finalidade é a de fazer fotos e vídeos amadores com boa qualidade.

Muitos analistas já haviam previsto que as câmeras de celular iriam evoluir tanto que o público amador não precisaria mais de um aparelho exclusivamente dedicado a capturar imagens.O lançamento do iPhone 4 confirmou essas expectativas. Sua câmera tem 5 megapixels, flash, permite indicar o foco da imagem, bate fotos de objetos próximos sem que a imagem fique embaçada e processa as imagens de modo a representar luz e sombra com clareza.

A Flip já foi um produto de sucesso, tendo conquistado 13% do mercado de câmeras digitais em 2008, logo no primeiro ano depois de seu lançamento. O New York Times atribuiu o sucesso à simplicidade da câmera e seu baixo custo.

Empregos - A Cisco anunciou também que, devido a mudanças de rumo da empresa, vai fechar 550 vagas de empregos ligados à fabricação da filmadora. A câmera foi uma das razões da Cisco para comprar a Pure Digital Technologies, criadora da Flip, por 590 milhões de dólares (aproximadamente 938 milhões de reais) em maio de 2009.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Celures com câmeras devem passar de 1 bi em 2011

HELSINQUE - As vendas de celulares com câmeras ultrapassarão a marca de um bilhão de aparelhos neste ano, com a ajuda da ponta mais cara do mercado, informou na quinta-feira o grupo Strategy Analytics.


"A crescente qualidade dos celulares com câmera de alto preço vêm se tornando séria ameaça ao mercado de câmeras digitais simples", disse o analista Neil Mawston.


As vendas de celulares dotados de câmeras crescerão em 21 por cento ante o ano passado e superarão o bilhão de unidades pela primeira vez, de acordo com a Strategy Analytics.


O grupo de pesquisa previu que as vendas de celulares com câmeras de resolução de cinco megapixels ou mais subiria em 100 por cento este ano, para 361 milhões de unidades. O mercado de câmeras digitais seria de 130 milhões de unidades, de acordo com suas projeções.


"Fabricantes de smartphones como Nokia e HTC cada vez mais equipam seus modelos caros com câmeras de alta resolução, a fim de propiciar qualidade de imagens para os serviços premium das operadoras," disse Mawston.

Fotografia e conservação

Quase nada escapa das câmeras fotográficas. Desde o registro da primeira imagem permanente da história, em 1826, essa técnica de “reprodução do real” tornou-se o principal veículo na formação da memória visual da humanidade. Mas a fotografia não se restringe `a sua componente documental. Ao contrário, os fotógrafos saem a campo ávidos por imprimir no filme suas interpretações particulares da realidade; eles usam os controles da câmera de forma criativa em favor do registro da própria resposta emocional ao tema. Essa busca muitas vezes revela composições que extrapolam a tarefa do inventário histórico e acabam, elas próprias, interferindo no rumo dos acontecimentos.

Fotografias já aceleraram o fim de guerras e injustiças sociais e veem desempenhando papel fundamental em nosso maior desafio atual: a busca de um modelo de produção e consumo ecologicamente sustentável e compatível com a sobrevivência dos últimos grandes espaços naturais da Terra.

Há vários exemplos de conquistas ambientais práticas desencadeadas por fotografias; um dos mais emblemáticos vem da África . Em 2002, o presidente El Hadj Omar Bongo, do Gabão, surpreendeu os ambientalistas ao anunciar a instalação de um enorme sistema de unidades de conservação com cerca de 26 mil Km2 em seu país. Numa ação sem precedentes no continente, treze novos parques nacionais foram criados de uma só vez para a proteção de ambientes tão diversos quanto florestas tropicais, savanas , manguezais , lagoas e pântanos.

O Gabão abriga algumas das últimas grandes áreas intocadas da África e as autoridades do país já vinham sendo alertadas, há muito tempo, sobre a urgência da proteção dos ecossistemas locais, constantemente ameaçados pela exploração da madeira, mineração, agricultura e caça. A decisão presidencial, porém, não foi desencadeada apenas por relatórios e números; ela tem uma relação mais estreita com a emoção.

Ao ver as imagens da expedição Megatransect - na qual o ecologista Mike Fay e sua equipe percorreram, a pé, mais de 3700 quilômetros no centro do continente africano, boa parte deles no Gabão - Omar Bongo, finalmente, aceitou as sugestões dos ambientalistas. Nas palavras de Fay: “O presidente já tinha ouvido tudo sobre desenvolvimento sustentável e conservação, mas só se deu conta de que seu país tem recursos naturais que vão além dos minerais e madeira, ao ver as fotografias da expedição”.

Pensando em potencializar o uso da fotografia como ferramenta em favor da conservação, a fotógrafa e ambientalista Cristina Mittermeier, fundou , em 2005, uma associação de fotógrafos de natureza com obras relevantes para a proteção da biodiversidade no planeta . A Liga Internacional dos Fotógrafos de Conservação – ILCP, da sigla em inglês - conta hoje com 72 profissionais de vários países, entre eles Michael Nichols, autor das fotografias da expedição Megatransect, decisivas na criação dos parques no Gabão.

Uma das novidades introduzidas pela ILCP são as expedições visuais de avaliação ambiental - Rave, da sigla em inglês. Nessa ação, vários fotógrafos, de diferentes especialidades cobrem simultaneamente uma mesma área de interesse prioritário para a conservação.

No ano passado, uma Rave levou quatro fotógrafos da Liga Internacional para a Ilha de Bioko, na África Ocidental. O resultado do trabalho ganhou reportagem de vinte páginas - com o título "Ilha de Noé" - na edição de agosto da revista National Geographic, publicação lançada em 1888 com o objetivo de “mostrar o mundo e tudo o que há nele” e que, em 2008, atribuiu-se uma nova missão: “inspirar as pessoas a cuidar do planeta”.

FotoRetrospectiva 2010


As imagens que marcaram o ano na imprensa estão na exposição coletiva FotoRetrospectiva 2010 - 6ª Mostra Anual de Fotojornalismo, promovida pela ARFOC-SP - Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos no Estado de São Paulo.

O clima da Copa do Mundo e a eleição presidencial são os destaques da sexta edição, entre os fatos que revelaram o cotidiano, as tragédias, as emoções e acontecimentos marcantes para a população, publicados em jornais, revistas e portais de informação.

A FotoRetrospectiva 2010 apresenta em 76 painéis, os trabalhos de 57 profissionais do fotojornalismo no estado de São Paulo. Nesta edição, 105 repórteres fotográficos inscreveram 283 imagens, cuja seleção foi realizada pelos próprios associados, numa inédita sessão coletiva de curadoria.

A 6ª Mostra Anual de Fotojornalismo poderá ser vista a partir do dia 06 de abril, na Galeria do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo.

FotoRetrospectiva 2010
6ª Mostra Anual de Fotojornalismo da ARFOC-SP
Local: Galeria do Conjunto Nacional
Data: de 6 a 27 de abril
Endereço: Avenida Paulista, 2073 – Cerqueira César – São Paulo (SP)
Horários: De segunda a sábado, das 7 às 22h
Domingo e feriado, das 10 às 22h

Informações: (011) 3257-3991
Entrada gratuita

Confira a lista dos expositores:
Ailton Cruz, Alan Morici, Alessandro Shinoda, Alinne Rezende, André Lessa, Apu Gomes, Ayrton Vignola, Celso Junior, Celso Luiz, Claudinei Plaza, Claudinho Coradini, Daniel Marenco, Danilo Verpa, Diego Padgurschi, Ed Ferreira, Edson Lopes Jr., Eduardo Nicolau, Erick Pinheiro, Ernesto Rodrigues, Evelson de Freitas, Fernando Pilatos, Filipe Araujo, Flávio Florido, Guilherme Lara Campos, Hélvio Romero, J.F. Diório, Jonne Roriz, Jorge Araújo, José Luis da Conceição, Keiny Andrade, Letícia Moreira, Luiz Fernando Menezes, Luiz Guarnieri, Miguel Schincariol, Nario Barbosa, Nilton Cardin, Nilton Fukuda, Osvaldo Birke, Paulo Liebert, Paulo Pinto, Rahel Patrasso, Reinaldo Canato, Ricardo Matsukawa, Robson Ventura, Rodrigo Capote, Rodrigo Coca, Roosevelt Cássio, Rubens Cavallari, Sebastião Moreira, Sergio Barzaghi, Sergio Neves, Thiago Bernardes, Thiago Henrique, Tiago Queiroz, Tiago Silva, Toninho Cury e Vagner Campos.


Exposição "Povos Indígenas no Brasil", de Rosa Gauditano


Fotojornalista apresenta imagens da cultura e condições de vida de 34 etnias indígenas brasileiras Mostra reúne 60 fotografias da produção etnográfica iniciada por Rosa Gauditano em 1989, sobre a questão indígena.

Rosa é autora de cinco livros que debatem a cultura do índio no Brasil: “Índios, Os Primeiros Habitantes”, Ed. Fotograma, 1998; “Saltillo”, Instituto Municipal de Saltillo, México, 2001; “Festas de Fé", Ed. Metalivros, São Paulo, 2003; “Raízes do Povo Xavante”, Ed. Studio R, São Paulo, 2003; e "Aldeias Guarani M'Bya na Cidade de São Paulo", Ed. Studio R, São Paulo, 2006.

Para a exposição fotográfica “Povos Indígenas no Brasil”, foram selecionadas imagens dos índios Waurá que se preparavam para o ritual Quarup, no Xingu; da dança dos Krenak, de Minas Gerais e flagrantes dos protestos pela ocupação da terra, como a passeata dos 500 Anos do Descobrimento, em 2000, em Porto Seguro (BA), e a manifestação dos Tuíra Kayapó (Pará) contra a construção da Usina de Belo Monte.

A mostra “Povos Indígenas no Brasil” será aberta no dia 19 de março na Caixa Cultural de São Paulo

Exposição Povos Indígenas no Brasil – exposição fotográfica de Rosa Gauditano
Local: Galeria Humberto Beteto, da Caixa Cultural de São Paulo
Endereço: Praça da Sé, 111 - 2º andar – Centro – São Paulo
Data: De 19 de março a 15 de maio de 2011
Horário: de terça-feira a domingo, das 9h às 21h
Informações: (011) 3321.4400

Conheça mais do trabalho de Rosa Gauditano em: http://www.studiorimagens.com.br/quemsomos/index.htm

terça-feira, 5 de abril de 2011

Entre Espaços: Mostra questiona a forma como a sociedade muda constantemente


A fotógrafa paranaense Charly Techio irá apresentar a partir deste dia 17, às 19h, no Palacete dos Leões, em Curitiba, a exposição “Entre Espaços”, uma série fotográfica que questiona as mudanças pelas quais a sociedade passa constantemente. A mostra já passou pelo Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) e pela Galeria Lunara, de Porto Alegre, e ficará em cartaz até 21 de abril.

A fotógrafa Charly Techio explica que a inspiração surgiu ao observar o processo cíclico de transformações, com as relações se modificando em intensidades e ritmos variáveis. “Ao mesmo tempo, o ser humano se mistura no ambiente, é mimético, suas vestimentas e a paisagem contêm padrões que se repetem”, observa Charly, que também é coordenadora do curso de Fotografia do Centro Europeu de Curitiba.

A partir desta observação, as imagens da mostra são apresentadas em pares, relacionadas pela cor e textura, ligando o sujeito fotografado a um novo ambiente, que pode tanto ser um céu azul, como poltronas de um teatro.

A entrada para a mostra é gratuita e os trabalhos poderão ser visitados de segunda a sexta-feira, das 12h30 às 18h30.



Mais informações:
(41) 3219-8056

Fotografia surreal

O professor e fotógrafo americano Jerry Uelsmann tem uma longa carreira dedicada a enganar os olhos, arte na qual é mestre. Ele cria imagens de temática surrealista há, acredite, quase 60 anos; época em que programas como o Photoshop não eram facilmente concebíveis nem mesmo no território da imaginação.

Pois é neste território que Uelsmann se destaca, através de uma técnica de colagem de imagens ainda no negativo. O processo todo leva de oito a dez horas. Por esta razão, Uelsmann afirma que deve ser cuidadoso ao fotografar, já que é dessas imagens primitivas que depende o resultado final.

Conheça estas imagens impressionantes.








Confira mais em http://www.zupi.com.br/index.php/site_zupi/view/fotografia_surreal1/