sábado, 29 de outubro de 2011

Exposição sobre Audrey Hepburn mostra vida da atriz em Roma


Poucos conhecem o lado cotidiano de Audrey Hepburn: levando seus filhos à escola, comprando flores e levando seu cachorro, Famous, para passear, atividades que desempenhava longes dos holofotes e que marcam a exposição sobre a atriz, inaugurada na última semana no Museo dell'Ara Pacis, em Roma.
Veja galeria de imagens da exposição
A exposição "Audrey em Roma" reúne cerca de 140 imagens, acessórios, objetos pessoais e vídeos da atriz. Todo o material exposto é relacionado aos quase 20 anos em que Audrey viveu em Roma, para onde se mudou após casar-se com o psicólogo italiano Andrea Dotti. A mostra fica em cartaz até o dia 4 de dezembro.
As imagens escolhidas para a mostra foram obtidas por fotógrafos que se atreveram a "roubar" parte de sua intimidade e acabaram imortalizando seus gestos espontâneos e suas ações cotidianas, longe das luzes e das poses.
Embora nunca tenha gostado dessa intromissão, Audrey Hepburn sempre respondia aos fotógrafos com um maravilhoso sorriso, o mesmo que todos lembram quando pensam na atriz.
"O que foi invasivo e incômodo para minha família se transformou em uma celebração da minha mãe", explicou o filho mais velho da atriz, Sean Ferrer, fruto da união com Mel Ferrer.
Antes de realizar a exposição, os organizadores precisaram revisar todos os arquivos dos anos 50, 60 e 70 pertencentes aos paparazzi da Associação de Repórteres, do Instituto Luze e do Koball Collection, entre outros, onde foram encontradas mais de 8 mil imagens inéditas da atriz.
Claudio Peri/Efe
Homem observa fotografia de Audrey Hepburn na mostra dedicada à atriz em Roma
Homem observa fotografia de Audrey Hepburn na mostra dedicada à atriz em Roma
Para Luca Dotti, filho mais novo de Audrey e um dos curadores da mostra, trata-se de um verdadeiro percurso biográfico, mas também autobiográfico: "Muitas dessas fotos eu também não conhecia. Quando começamos, não achávamos que encontraríamos tantas imagens, foi uma surpresa".
Dos quase 30 filmes em que Audrey atuou, três foram rodados na capital italiana: "A Princesa e o Plebeu" (de 1953, que a lançou à fama), "Guerra e Paz" (1956) e "Uma Cruz à Beira do Abismo" (1959).
Os laços efetivos de Audrey com a capital italiana foram além de seu trabalho como atriz: Roma foi a cidade que a permitiu levar uma vida normal após deixar o cinema, em 1968, para se dedicar ao "sonho preferido", o de mãe.
"Ela não se via como os demais, se sentia magra, feia, com os pés grandes demais e o nariz imperfeito, não se sentia como uma verdadeira diva", lembra Sean Ferrer.
Mas, sem dúvida alguma, sua elegância natural a transformou em um ícone da moda. Por isso a mostra inclui muitos trajes, sapatos, óculos de sol e bolsas da atriz, que até hoje são referências no mundo das passarelas.
Além do grande acervo de imagem, o visitante também poderá contemplar objetos, como seu passaporte e sua moto Vespa, a mesma em que percorreu as ruas romanas ao lado de Gregory Peck em "A Princesa e o Plebeu".
Dividida cronologicamente, a exposição também cria oportunidade para o público se aproximar da mulher que dedicou os últimos cinco anos de sua vida às viagens. Ao todo, Audrey passou por mais de 20 países como embaixadora da Boa Vontade da Unicef, desde 1987 até sua morte, em 1993.
Alberto Pizzoli/France Presse
Sean Ferrer e Luca Dotti, filhos de Audrey Hepburn, posam ao lado da moto Vespa usada em "A Princesa e o Plebeu"
Sean Ferrer e Luca Dotti, filhos de Audrey Hepburn, posam ao lado da moto Vespa usada em "A Princesa e o Plebeu"
Um curioso vídeo recolhe imagens da atriz com crianças em Bangladesh, Vietnã, Somália, Sudão e Etiópia. "Há viagens que são feitas com uma única coisa na bagagem, o coração", exalta a frase que fica abaixo da projeção.
De fato, o trabalho que começou a ser desenvolvido por Audrey não terminou com sua morte, já que sua família deu continuidade a suas atividades sociais através da Fundação Audrey Hepburn, que fornece assistência para crianças carentes.
Assim, a mostra também será beneficente, já que uma parte do dinheiro arrecadado com as entradas será transferida para 32 entidades que atendem mais de 13 mil crianças desnutridas no Chade.
A inauguração da mostra também coincide com a celebração dos 50 anos de "Bonequinha de Luxo" (1961), um dos filmes que serão exibidos no Festival de Cinema de Roma, realizado no final de novembro.
"Queria que o público levasse uma lembrança real, distante do ícone que foi criado com 'Bonequinha de Luxo', porque que minha mãe era uma pessoa muito mais real", concluiu Luca Dotti.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Mostra em SP reúne imagens premiadas do fotojornalismo


Tragédias, mas também registros de momentos bons, descontraídos, algumas curiosidades, tudo isso pula aos olhos nas fotografias da mostra "Testemunha Ocular", que o Senac Lapa Scipião exibe a partir de hoje para o público. A exposição, que apresenta 682 imagens realizadas por fotojornalistas da Associação dos Repórteres Fotográficos do Estado de São Paulo (Arfoc), é uma retrospectiva dos últimos dez anos, um panorama de fatos e cliques espontâneos que reavivam a nossa memória recente. "Os anos passam e as questões continuam as mesmas, como violência, enchente, corrupção e meio ambiente, por exemplo", diz o curador da mostra, João Kulcsár.
O olhar crítico e ágil do fotojornalista o diferencia dos outros fotógrafos conceituais, como diz Kulcsár. Aliado ainda a essa característica há o fato de que as imagens realizadas por repórteres fotográficos são "mais populares e fáceis para as pessoas", o que faz da mostra, enfim, uma contribuição para "uma forma de alfabetização visual". "Os fotojornalistas são nossa memória do País e da sociedade e deveria ser dado mais valor a essa missão", afirma Kulcsár. A exposição, assim, é um apanhado de fotografias que foram destaques, entre 2000 e 2010, em jornais e revistas do Brasil de peso, como O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, Veja e Época, entre outros, e as veiculadas por agências.
Todo ano a Arfoc-SP, presidida por Paulo Whitaker, promove uma retrospectiva com obras de seus associados, e desta vez, em parceria com o Senac, a entidade apresenta um panorama bem mais amplo, de uma década. Do total de imagens selecionadas para a exposição, 105 estão apresentadas em painéis, impressas em diferentes formatos e reunidas nos núcleos temáticos Conflitos, Meio Ambiente, Esporte, Política e Cidades. "Usamos o conceitos dos cadernos de jornais, por áreas", diz João Kulcsár. Já as mais de 500 outras fotografias escolhidas para a mostra são exibidas por meio de projeção multimídia.
Sem dúvida, um dos grandes destaques da mostra é a imagem de 2004, realizada pelo fotógrafo José Francisco Diório - ou J.F. Diório, como consta em seus créditos -, da Agência Estado, que registrou uma menina cabisbaixa durante um incêndio na favela do Buraco Quente, na zona sul de São Paulo. A obra recebeu o prestigiado prêmio World Press Photo.
A famosa imagem do incêndio na favela da Avenida Washington Luis junta-se a tantas outras fortes e impactantes, que revelam tragédias inevitáveis ou não. "As enchentes são as mesmas desde o início do século 20 e vemos que questões básicas de cidadania não são tratadas adequadamente pelo poder público", analisa o curador. Sendo assim, a exposição "Testemunha Ocular" dá peso aos núcleos dos Conflitos e das Cidades, chamando a atenção para a necessidade de conscientização para os problemas de cidadania.
A mostra, futuramente, vai passar por outras unidades do Senac, entre elas, do interior de São Paulo. A exposição, ainda, promove debate aberto ao público na segunda-feira, às 19h15, com a participação do editor de fotografia da Folha de S. Paulo, João Wainer, e com Juca Martins, da Agência Olhar Imagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Testemunha Ocular - Senac Lapa Scipião (Rua Scipião, 67). Telefone (011) 3475-2200. 9h/ 21h (sáb., 9h/ 16h; fecha dom. e 2ª). Até 27/11. 

Imagens de menino de 12 anos rendem distinção de sociedade de fotógrafos


Um menino de 12 anos recebeu uma distinção da Royal Photographic Society (RPS), a sociedade mais antiga do mundo dedicada à fotografia, por imagens que capturou durante as férias da família na África do Sul.



O jovem Sam Kaye, da cidade de Radlett, no condado de Hertfordshire, no leste da Inglaterra, foi premiado pela entidade que congrega 10,5 mil fotógrafos em todo o mundo. Sam tira fotos desde os seis anos de idade e quer ser fotógrafo profissional quando crescer.
As fotos foram premiadas após terem sido submetidas anonimamente à entidade. A Royal Photographic Society, fundada em 1853, seleciona e premia com distinções algumas das melhores imagens recebidas. O jovem poderá assinar agora seus trabalhos e correspondências com a sigla LRPS - que indica distinção da organização.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Competição premia fotos de casamento originais


Uma competição internacional premiou fotos de casamento mais criativas e originais, no Reino Unido.




Keda. Z Feng/Master Photography Awards
Concurso premia fotos de casamento criativas e originais, como essa, vencedora na categoria internacional; veja outras
Concurso premia fotos de casamento criativas e originais, como essa, vencedora na categoria internacional; veja outras
O Master Photography Awards 2011, organizado pela associação que reúne fotógrafos comerciais profissionais do país, também tem categorias abertas a competidores estrangeiros e outros temas, como retratos e arquitetura.
O grande vencedor da edição deste ano foi o espanhol José Luís Guardia Vásquez, que conseguiu o título de "Fotógrafo Internacional do Ano".
Os jurados avaliaram as imagens levando em consideração impacto, composição, cor e habilidade.
"A competição foi especialmente dura este ano, e parece que, uma vez mais, aumentamos o nível em termos de imaginação e conhecimento técnico. A criatividade apresentada por esses fotógrafos foi realmente incrível e tenho certeza de que eles servirão de inspiração para o resto da indústria", disse o diretor-executivo da Master Photography Association, Colin Buck.

Festival de fotografia "Floripa Na Foto" chega a sua segunda edição com uma programação de tirar o fôlego


Scott Macleay
 
 
De hoje até domingo (30), a capital catarinense será palco de um grande festival de fotografia. Em sua segunda edição, o “Floripa Na Foto” está com uma programação de tirar o fôlego, que inclui uma série de atividades simultâneas, entre exposições, palestras, workshops e leituras de portfólio.

No Centro Histórico de Florianópolis, acontece a inauguração de seis exposições. Quatro delas já estão abertas à visitação pública desde as 10h.  “Sipari Tranparenti”, de Rosane Cechinel, sobre a inércia dos objetos, “O silêncio do cotidiano”, “Locais Inanimados” e “320”, de Henrique Pereira, com retratos de um pai em seus últimos dias de vida, captados pelo filho fotógrafo. Todas em exibição até o fim do festival, no Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) – Palácio Cruz e Souza, o ponto principal do festival.

A partir das 18h, haverá ainda no Museu a estreia da mostra “Muito Além da Praia”, do cearense Otávio Nogueira, que é composta por três ensaios realizados no Ceará e que trazem um olhar sobre “lugares e apropriações de imagens”. Na Fundação Cultural Badesc, às 20h30 será inaugurada “Cores, Corpos, Coros”, de Scott Macleay. A mostra retrata 33 anos de trabalho do fotógrafo canadense, com imagens de estúdio voltadas para as pessoas e a condição humana.

Durante este mês, o festival já abriu cinco mostras que estão abertas à visitação pública na Helena Fretta – Galeria de Arte, MHSC, Galeria Municipal de Arte Pedro Paulo Vecchietti, Terminal de Integração do Centro (Ticen) e Galeria Martinho de Haro da Câmara Municipal de Florianópolis

Lounge da Editora Photos

Para mais essa participação no Festival, a Editora Photos preparou uma série de atividades, que inclui noite de autógrafos, bate-papo com o autor, palestra e lançamentos de livros e DVDs. Quem passar pelo lounge Photos terá acesso aos principais títulos com o selo Photos e receberá exemplares das revistas Photos & Imagens e Photo Magazine, gratuitamente.

No espaço Editora Photos, hoje, às 18h acontecerá um “bate-papo” com o fotógrafo, Fabio Elias, autor do livro “Imagens em Aventuras – Guia Prático para Fotógrafos”, além de uma sessão de autógrafos. Amanhã, às 20h30, será a vez de um bate-papo com o advogado e fotógrafo, José Roberto Comodo, um especialista em direito da imagem, que é autor do DVD “Imagem: Garanta o seu Direito”. O lounge da Editora está instalado no Museu Histórico de Santa Catarina – Palácio Cruz e Souza.

Outras informações:www.floripanafoto.com

Repórter-fotográfico do A Cidade recebe Prêmio Vladimir Herzog


O repórter-fotográfico Weber Sian, do A Cidade, recebeu na noite desta segunda-feira (24), em São Paulo, a premiação do 33º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, um dos mais respeitados do jornalismo brasileiro. Sian venceu na categoria fotografia, pela sequência de imagens registrada durante a desocupação da Favela da Família, zona Norte de Ribeirão Preto, em 5 de julho. O repórter-fotográfico registrou uma família sendo retirada a força de dentro do barraco. Centenas de policiais invadiram a favela, jogando bombas de efeito moral e disparando tiros de borracha contra os sem-teto. Ao menos 700 pessoas foram despejados e os barracos destruídos por tratores. "A brutalidade me chamou a atenção. Aquela mulher expulsa do barraco poderia ser minha mãe", afirma Sian. Na ação, ao menos 10 pessoas ficaram feridas, incluindo advogados da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Viagem Weber Sian recebeu um troféu e em certificado como prêmio. O repórter-fotográfico do A Cidade também foi sorteado e ganhou uma viagem a Washington (Estados Unidos), onde conhecerá o Museu da Imprensa Newseum. Sian é o segundo repórter-fotográfico de Ribeirão a receber este prêmio. O primeiro foi Osmar Cardes, que recebeu o prêmio de fotografia em 1984 pela foto do trabalhador morto em confronto entre trabalhadores rurais e a PM em Guariba.




sábado, 22 de outubro de 2011

Fotógrafo lança livro com fotos do Vale do Paraíba

O fotógrafo e jornalista Ricardo Martins lança nesta sexta-feira (21) em São Paulo, o livro "A Riqueza de um Vale". Seguindo a linha de trabalho que deu forma ao seu primeiro livro, "O Encanto das Aves", Martins apresenta agora seu mais novo trabalho.

A partir de uma viagem à cidade de Pindamonhangaba surgiu a ideia deste segundo projeto. Ao registrar cenas do local, percebeu toda a beleza e história que o Vale do Paraíba poderia oferecer. Inicialmente tentado a capturar a natureza exuberante da região, percebeu que o livro tomaria outras formas. Construções históricas estavam por todos os lados e misturavam-se às montanhas, vales e rios, em uma combinação perfeita e puramente poética.

Percorrendo o Vale Histórico e cidades próximas, o artista procurou em suas fotos luzes, olhares e expressões para trazer ao leitor suas experiências no exato instante em que estavam sendo feitas as imagens.

O lançamento do livro será nesta sexta, das 18h30 às 21h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na capital.
Credito: Ricardo Martins

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

USP lança banco com 11 mil imagens de biologia marinha


As fotos e vídeos são destinadas a pesquisadores, estudantes e o público em geral
As fotos e vídeos são destinadas a pesquisadores, estudantes e o público em geral
19 de outubro de 2011
Alvaro E. Migotto/Cifonauta/Divulgação

A Universidade de São Paulo (USP) lançou um banco de dados com mais de 11 mil fotos e 260 vídeos do Centro de Biologia Marinha (Cebimar). O Cifonauta (cifonauta.cebimar.usp.br) é destinado a pesquisadores, estudantes e ao público em geral.
De acordo com a USP, o projeto criado pelos pesquisadores Álvaro Esteves Migotto e Bruno Vellutini precisou de dois anos para a montagem do processo referente ao banco de imagens, entre o início das programações e as fases de teste em sistema fechado. O conteúdo apresenta referências bibliográficas, com uma ficha técnica do organismo contendo seu tamanho, local de origem e nome científico, por exemplo.
A estrutura de buscas se dá por meio de diversos marcadores ou pela classificação taxonômica - divisão por reino, filo, classe, até chegar à espécie desejada.
O conteúdo do banco está sob a licença de uso Creative Commons, que permite a divulgação desde que dados os devidos créditos do trabalho e que seja utilizado para fins não comerciais, sem necessidade de pedir autorização para isso.
As fotos veiculadas no banco de imagens são feitas com diversas técnicas. Normalmente câmeras digitais são acopladas em microscópios ópticos ou eletrônicos, dependendo do organismo fotografado, podendo ser aumentada a resolução em até mil vezes.
Outra técnica, pouco utilizada por ter um custo bastante elevado, consiste no uso de um microscópio eletrônico de varredura (MEV), utilizando-se de um feixe de elétrons para realizar a fotografia, por meio de um processo altamente sofisticado.
"Temos uma costa oceânica imensa e conhecemos muito pouco sobre ela. É neste sentido que as imagens são bons instrumentos de divulgação para a biologia marinha, pois despertam a curiosidade e a reflexão sobre a enorme diversidade dos oceanos", disse Vellutini à Agência Fapesp.

Lytro: Câmera que permite ajustar foco depois do clique chega em 2012


Além da tecnologia de foco após o clique, design é destaque da Lytro. Foto: Divulgação
Além da tecnologia de foco após o clique, design é destaque da Lytro
Foto: Divulgação

    A câmera fotográfica Lytro, que permite que o fotógrafo se preocupe em ajustar o foco somente depois do clique, entrou em pré-venda nesta quarta-feira nos Estados Unidos. Com lançamento previsto para 2012, tem como destaques o design e o modo totalmente diferente que ela se propõe para disparar uma foto, sem se preocupar com o foco.
    O conceito da Lytro é simples: o sensor da câmera captura todos os raios de luz de uma cena, criando a capacidade de gerar o foco em uma imagem após ela ter sido produzida. A tecnologia utilizada, de acordo com a fabricante, consegue capturar 11 milhões de raios de luz de dados, incluindo a direção de cada raio de luz. O mecanismo interno de campo de luz processa os dados e transforma em uma foto de alta definição.

    Morre Barry Feinstein, lendário fotógrafo de rock.


    Barry Feinstein, autor de famosas fotos de cantores da década de 1960, incluindo a capa do disco de Bob Dylan "The Times They Are a-Changin", morreu nesta quinta-feira aos 80 anos após uma longa doença, disse sua mulher.
    Feinstein também retratou Janis Joplin para ilustrar seu álbum "Pearl", um dia antes de sua morte, e George Harrison rodeado de gnomos para seu disco solo após a separação dos Beatles.
    "Era um rabugento, mas um rabugento adorável", disse à AFP sua mulher, Judith Jamison, por telefone em Woodstock, nos arredores da cidade de Nova York, e completou que o artista morreu na madrugada de quinta-feira em um hospital.
    Entre os muitos seguidores do fotógrafo está o diretor de cinema Martin Scorsese, que utilizou suas imagens para os documentários sobre Dylan, "No Direction Home", e Harrison, filme que estreou recentemente no Festival do Rio de cinema, "Living in the Material World".
    Feinstein também orientou sua lente para Hollywood, onde retratou estrelas como Marlon Brando, Judy Garland, Barbara Streisand e Steve McQueen.
    "Fazer fotografia editorial tem um grande componente de sorte", declarou uma vez o artista em entrevista sobre uma retrospectiva na Morrison Hotel Gallery de Nova York sobre o trabalho que realizou em Los Angeles.
    "Estar no lugar certo na hora certa, conseguir a foto adequada e logo ir embora", explicou sobre sua obra.

    terça-feira, 18 de outubro de 2011

    Leica marca seu lugar no mercado, apesar dos tropeços na era digital


    No mundo das câmeras digitais, fortemente dominado pelas empresas japonesas, a marca alemã Leica sobrevive. Quase varrida do mapa pela revolução digital, a pioneira tem agora obtido sucesso com as câmeras eletrônicas. E está fazendo dinheiro.
    Em agosto, a empresa fechou o seu mais recente ano fiscal com vendas recordes, registrando um aumento de 60%, com um faturamento de 249 milhões de euros. Esse valor, embora seja apenas uma fração daquilo que as concorrentes japonesas – Canon e Nikon – geram, é, ainda assim, um fluxo de dinheiro saudável para uma empresa respeitada por fãs da fotografia em todo o mundo.
    Passos em falso
    A Leica ajudou a abrir caminho para o formato de 35 mm, que levou a fotografia dos estúdios de cinema para as ruas. A companhia deve muito de sua fama a Oskar Barnack, que fabricou a primeira câmera portátil a usar rolos de negativos de 35 mm, então de uso exclusivo no cinema.
    Muitos dos mais emocionantes momentos de revoluções, guerras (e do que restou depois delas) no século 20 foram registrados por câmeras Leica. A reputação da marca foi reforçada por nomes como Henri Cartier-Bresson, Robert Capa e outros fotógrafos famosos da Agência Magnum.
    Bildunterschrift: Robert Capa: Leica em uso
    Mas os primeiros anos do século 21 não foram tão generosos com a Leica. A empresa perdeu dinheiro e sofreu com a má administração. Com os pés firmemente fincados no mundo analógico, viu a participação de mercado das câmeras digitais passar de zero para 90% em poucos anos.
    A Leica desmoronou e depois se recuperou. A volta por cima, admite o atual presidente Alfred Schopf, é em grande parte mérito de Andreas Kaufmann, um executivo alemão rico e fã da Leica que, em meados da década passada, começou a injetar milhões nos caixas deficitários da fabricante de câmeras fotográficas, a fim de financiar sua transição para o mundo digital.
    “Seu investimento foi necessário e também corajoso, considerando a situação naquele momento. Nos novos campos da fotografia digital que queríamos ocupar, precisávamos de dinheiro para adquirir know how a partir do zero”, disse Schopf à Deutsche Welle.
    A empresa sediada em Solms já havia anteriormente tentado entrar no mercado digital, mas sem sucesso. Em 1995, por exemplo, a Leica fabricou a inacreditável câmera de 75 megapixeis, a S1, pelo também inacreditável preço de 50 mil euros, em valores de hoje. Aproximadamente 150 unidades foram vendidas e os gastos exorbitantes com o desenvolvimento da câmera ficaram empatados.
    A Leica também esteve à frente nas lentes de foco automático, inventadas por ela. Mas, em outra decisão infeliz, a empresa vendeu a patente para a concorrente japonesa Minolta, argumentando que quem usa uma Leica sabe fazer foco.
    Bildunterschrift: Andreas Kaufmann: papel crucial na trejetória da empresa
    Novos tempos
    Schopf afirma que passos em falso como esse pertencem ao passado. Ele aponta a Leica M9 como um exemplo de tradicional mecânica da empresa aliada à nova era digital.
    Essa câmera pequena e leve chegou ao mercado sem as infinitas e complexas funções encontradas na maioria das câmeras digitais reflex de lente fixa e usa a tecnologia rangefinder, na tradição das renomadas câmeras Leica de cinema. Os usuários focam o objeto a ser fotografado ao olhar por uma pequena janela do lado de trás da câmera e girar um aro na objetiva, a fim de fundir a imagem dupla no centro do campo de visão em uma só.
    Isso pode até não soar como fotografia digital hi-tech, mas a câmera provida desse pequeno sistema é equipada com uma objetiva de 35mm e um sensor de 18 megapixeis, desenvolvido pela Kodak.
    Nos últimos anos, a Leica gastou entre 25 milhões e 39 milhões de euros em pequisa e desenvolvimento – um montante significativamente maior que o dispendido nos anos anteriores.
    Qualidade de fabricação
    Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Alfred Schopf, diretor-executivo da LeicaEnquanto a empresa preza sua competência “de casa”, também colabora estreitamente com parceiros selecionados, como o Instituto Fraunhofer e a Universidade de Colônia. “As equipes de pesquisa de nossos parceiros estão alguns passos além de nós em seus trabalhos teóricos”, diz Schopf.
    Tanto no campo do design quanto no da fabricação de seus próprios sensores – que substituíram o filme como mídia de gravação na fotografia digital –, Schopf também aposta na colaboração com parceiros experientes, como a Kodak. “Temos um departamento digital muito avançado, que supervisiona todas as nossas atividades digitais. Não acredito que tenhamos que adquirir esse know how completamente, devido à rapidez dos ciclos de desenvolvimento no setor de sensores. Isso não valeria a pena”, diz ele.
    Não importa o quão importantes os sensores sejam, eles são apenas um componente entre os vários que fazem uma câmera ser uma Leica. “Transformamos sensores relativamente grandes em pequenos, fazemos câmeras mais compactas e as equipamos com as melhores objetivas do mercado. E acrescentamos ainda um design de primeira, em um produto de qualidade ‘made in Germany’”, completa Schopf.
    E por falar em ‘made in Germany”, a Leica espera poder se transferir no fim do próximo ano para uma nova sede, de volta a Wetzlar, onde Barnack fabricou a primeira Leica, no ano de 1914, nas Oficinas Óticas Ernst Leitz – bem a tempo de celebrar o centésimo aniversário da empresa.
    O Parque Leitz, que terá esse nome em homenagem ao fundador da empresa, irá ter também uma seção na qual os visitantes poderão ver de perto e “experimentar” junto à equipe da Leica, além de aprender mais sobre a história da empresa. Com a ajuda de um bom número de fotos, obviamente.
    Autor: John Blau (sv)
    Revisão: Carlos Albuquerque

    "Fotógrafos mergulhadores" encaram trabalho dobrado na natação


    Fotógrafos preparam equipamentos dentro da piscina antes das provas da natação. Foto: Ivan Pacheco/TerraFotógrafos preparam equipamentos dentro da piscina antes das provas da natação
    Foto: Ivan Pacheco/Terra



    A plateia não vê, mas, muito antes de os atletas entrarem na piscina do centro aquático que abriga as competições de natação no Pan-Americano de Guadalajara, outros profissionais precisam ficar debaixo d'água para fazer seu trabalho. Carregando equipamento completo de mergulho - com direito a tanque de oxigênio e pés de pato - os fotógrafos que operam câmeras submarinas durante as provas precisam se desdobrar em duas atividades para que as melhores imagens cheguem com qualidade e agilidade ao público.



    Jorge Silva, 35 anos, é um dos "fotógrafos mergulhadores" que chamam a atenção de quem fica na área das piscinas após o término das provas. O mexicano, funcionário da agência Reuters, conta que já praticava mergulho como um hobby, e vive sua primeira experiência embaixo d'água como fotógrafo.

    "É a primeira vez que faço isso, estou tentando aprender também. Estou combinando as duas coisas de que mais gosto na vida: mergulhar e tirar fotos", diz ele, que não se importa com a carga multiplicada de trabalho, desde que as imagens sejam boas. Para desempenhar a função, os profissionais precisam também de um certificado de mergulho, conseguido com algumas aulas práticas.

    Os fotógrafos precisam chegar horas antes do início das competições para preparar todo o aparelho, além de ficarem cerca de 15 minutos submersos para instalar as câmeras no fundo das piscinas. "Depois que acaba, ainda tem que secar tudo, trocar bateria, lente. Dá mais trabalho, e tem que chegar muito cedo... cheguei aqui 6h da manhã (as provas começam às 10h). Mas estou gostando", afirma Jorge.

    Embaixo d'água, as máquinas fotográficas não conseguem receber sinal de rádio. Para tirar as fotos no momento certo, Jorge aciona um controle ligado à câmera submersa por meio de um longo cabo conectado a um computador fora da piscina. Sem poder ver o que está fotografando, ele precisa confiar no instinto.

    "Tem que se preocupar com sua técnica fotográfica para fazer as imagens embaixo da água. É muito fácil aprender a mergulhar, mas combinar as duas coisas (mergulho e fotografia) é bem mais difícil", contou.

    domingo, 16 de outubro de 2011

    Câmera em formato de bola permite usuário registrar imagens panorâmicas


    Se você é um amante da fotografia e sempre sonhou tirar ótimas fotos panorâmicas, você irá adorar a solução criada por um grupo de pesquisadores: a Panoramic Ball Cam. A Ball Cam é uma bola com 36 câmeras de celular acopladas e é capaz de capturar 360 imagens panorâmicas.
    A câmera é muito simples de ser usada: o usuário deve jogar a bola para o alto e assim que ela atingir o ponto mais alto, ela dispara as 36 câmeras ao mesmo tempo. Todas as imagens se acoplam em uma única fotografia em 360 graus e pode ser visualizada em seu computador com um software específico.
    Outra possibilidade da câmera é que você pode selecionar os melhores ângulos da imagem em 360 graus e armazená-los separadamente.
    De acordo com o Geeky Gadgets, o projeto começou a ser desenvolvido em 2010, mas ainda precisa ter sua tecnologia patenteada e talvez por isso, ainda irá demorar um tempinho para a Panoramic Ball Cam estar disponível no mercado.
    Um vídeo produzido pelos desenvolvedores mostra a Ball Cam em ação e pode ser conferido no YouTube pelo atalho youtu.be/Th5zlUe6gOE.

    Artistas embaralham realidade e ficção e questionam autoria


    SILAS MARTÍ
    DE SÃO PAULO

    Na fotografia do século 21, não existe mais o instante decisivo. Está aposentada a noção clássica de autoria, e a realidade mergulha na ficção.
    Veja galeria com obras dos antifotógrafos
    Expoentes dessa antifotografia misturam imagens alheias, manipulam registros documentais, resgatam arquivos esquecidos e defendem a destruição da foto.
    Na série que mostra agora no MoMA, em Nova York, Doug Rickard registra a "ruína do sonho americano" pelas lentes do Google. Ele se apropria de imagens de cidades devastadas pela crise econômica como autores da Grande Depressão retrataram a miséria, num "híbrido de tradição e apropriação".
    "Queria uma nova forma de olhar para a América", diz Rickard. "Essa é uma dinâmica estranha, porque mesmo com imagens prontas tenho a liberdade de percorrer esses cenários com meu olhar."
    Penelope Umbrico, fotógrafa que esteve no último Paraty em Foco, rouba imagens do Flickr em que casais se retratam diante do pôr do sol, mostrando que são quase iguais mesmo quando há uma intenção autoral.
    Divulgação
    Instalação fotográfica da norte-americana Penelope Umbrico
    Instalação fotográfica da norte-americana Penelope Umbrico
    "Essa cultura de remixar imagens é hoje como respirar", diz Umbrico. "A responsabilidade de um artista é entender essa estrutura e saber operar e trabalhar com ela."
    Noutro remix, o coletivo Cia de Foto refotografou e reenquadrou imagens de anônimos encontradas num arquivo do Bom Retiro e criou uma narrativa sobre o bairro.
    "Tem a fotografia independente do fotógrafo", diz Rafael Jacinto, da Cia de Foto. "O clique é minimizado, deixou de ser o ponto importante e o processo que vem depois é maior do que o instante em que a foto se baseia."
    Resumindo, fotografia é ficção. Esse mesmo coletivo transformou imagens de um trio elétrico no Carnaval de Salvador em espécie de procissão fantasmagórica e fotografou São Paulo sob o impacto de uma guerra fictícia.
    Reinventando a memória, Ivan Grilo garimpou arquivos de sua família e misturou casais em montagens fotográficas na instalação que expõe agora no Paço das Artes.
    "É muito mais sobre apagamento do que sobre imagem", diz Grilo. "Essas imagens estão na iminência do apagamento da memória."
    Em linha semelhante, Pedro Victor Brandão cria espetáculos de destruição ao expor imagens de um arquivo à luz ultravioleta, que corrói o negativo, questionando a noção de permanência da foto.
    E realidade também vira abstração em imagens de Tchernobil e do polo Norte.
    Alice Miceli, que esteve na última Bienal de São Paulo, criou uma série de composições cinzentas ao expor negativos à radiação da cidade ucraniana onde aconteceu o grande desastre nuclear.
    "É fazer a radiação documentar isso", diz Miceli. "É uma memória traumática."
    São resquícios e farpas de uma tragédia que orientam as imagens de Miceli. Elas se tornam quase um aceno ao minimalismo, de pretos e brancos numa série neutra.
    Na mesma estratégia metonímica, da parte pelo todo, Letícia Ramos viaja agora pelo polo Norte em busca de tons de azul e branco. Ela inventou uma câmera capaz de registrar só essas cores, como se resumisse um território a uma lembrança cromática.
    "Queria uma imagem pura, como se construísse um experimento no laboratório", diz Ramos. "Estou investigando uma região, e essa câmera surge como parte de uma poética exploratória."

    segunda-feira, 10 de outubro de 2011

    Angel posa nua para editorial de revista australiana


    Miranda Kerr posou para capa e editorial de revista australiana. Foto: Divulgação
    Miranda Kerr posou para capa e editorial de revista australianaFoto: Divulgação


      A modelo Miranda Kerr mostrou todos os detalhes de sua boa forma à edição de novembro da revista Harper's Bazaar australiana. A nativa do país posou nua para um editorial, usando apenas acessórios, e também estampa a capa da publicação.
      Casada com o ator Orlando Bloom, ela deu à luz há apenas 10 meses ao primeiro filho do casal, chamado de Flynn. As fotos foram feitas em uma suíte de hotel e a modelo, que é uma das Angels da grife Victoria's Secret usa uma toalha na cabeça, escarpins vermelhos da marca Dolce & Gabbana e acessórios que somam mais de US$ 59 mil, mais de R$ 100 mil. Miranda usa brincos da marca Cartier, dois anéis Bulgari e pulseiras da designer Delfina Deletrez.
      Miranda foi uma das estrelas da Semana de Moda de Paris desfilando para Stella McCartney, Lanvin, Loewe, Viktor & Rolf, Chanel, Christian Dior e também para a grife John Galliano, onde apareceu com os seios à mostra.