quarta-feira, 20 de abril de 2011

Na mão: a compacta de 5 mil reais da Fuji





Mesmo com sua produção prejudicada pelo terremoto no Japão, a Fujifilm trouxe ao Brasil uma amostra da ultra-hype FinePix X100, e nós já colocamos nossas mãos nela.


Com visual retrô, muita gente a confunde com uma câmera de filme 35 mm, e é justamente nas rangefinder do passado em que ela foi baseada. A frente da máquina, de fato, se assemelha muito com a Olympus 35 RC (1970) e a Leica Leica M3 (1954). Mas a parte traseira, com seu LCD de 2,8” e botões de operação, denuncia de pronto que esta Fuji não vai pedir rolos de filme para clicar.

O corpo da X100 é feito em liga de magnésio, passando sensação de um produto bem feito e durável. A lente, fixa, possui distância focal equivalente a 35 milímetros (entre a grande-angular e a “normal”), com abertura de f/2 — bastante clara, mas que poderia ser ainda mais ampla, na nossa opinião.




O visor híbrido da X100 é um dos seus grandes destaques, já que inaugura um novo modo de visualização. Ele é ótico, mas o fotógrafo pode alternar para o EVF (totalmente eletrônico) ou para uma justaposição de informações eletrônicas, como horizonte virtual e régua de fotometria, sobre a imagem analógica. Assim como nas outras câmera dotadas de telêmetro (dispositivo para basear o foco na medição da distância do objeto fotografado) utilizar a opção ótica para assuntos muito próximos (close-ups) fica inviável. Aí, então, o usuário pode usufruir do visor LCD.

A qualidade da imagem da pequenina, como se tem comentado mundo afora, é muito acima da média das máquinas compactas. O sensor CMOS da X100 não é proporcional a seu tamanho: de formato APS-C, assemelha-se aos empregados nas grandalhonas SLR, como a Nikon D3000 e a Sony A55. As fotos tiradas com ISO 3200 e 6400, por exemplo, possuem ruído incrivelmente baixo, comparável ao que faria uma compacta na configuração ISO 800, grosso modo. O vídeo que esta FinePix consegue fazer tem resolução de até 720p, com foco automático e 30 quadros por segundo.



Para os saudosistas, a X100 faz simulação automática de diferentes filmes da Fuji, como o PROVIA, Velvia e ASTIA. Na nossa breve impressão, achamos que o resultado é muito semelhante ao que qualquer compacta faz, ou seja, é escancaradamente artificial. Contudo, Gardinel Vanzela, responsável pelas câmeras da Fujifilm que chegam ao Brasil, afirma que a amostra testada não é a versão final; é necessário aguardá-la para um veredito real. Este será publicado em breve para a seção de Reviews da INFO.

A FinePix X100 ainda não está disponível para compra, em qualquer parte do mundo. Os assessores da Fuji garantem que a encontraremos na prateleira na primeira quinzena de maio, com a etiqueta de peitofurantes R$ 4.999. Ainda assim, seu valor deve ser menor que as concorrentes diretas, todas da linha M da Leica.

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