terça-feira, 22 de março de 2011

Fotógrafo Eduardo Gavioli mostra o lado estático da Serra do Japi, sempre em movimento





A velocidade da água, que se choca contra rochas nas cachoeiras da Serra do Japi, confronta com a paciência do fotógrafo. À primeira vista, é uma imagem fácil de ser captada pelas lentes de uma máquina, já que, mesmo em pleno movimento, parece estar sempre imóvel. A paisagem é uma só. A imagem, nem sempre.

Como diz o fotógrafo e professor Eduardo Gavioli, encontrar uma “fatia” dessa paisagem não é fácil. Pelo lado biológico, a ele, a água é um bem de importância vital. “Somos feitos dela, não é?”


As águas de uma cachoeira na Serra do Japi nos revelam o rosto de um homem e seu pedido por preservação da natureza

Mas não termina aí: a água é também um alimento à sua câmera. Pelas trilhas da serra, o fotógrafo, sozinho ou com seus alunos, busca os melhores ângulos e enquadramentos. “Opções não faltam”, afirma Eduardo. E aventuras, também.

“Quando fotografo a água, a natureza e esses ambientes em geral, é um momento para relaxar, algo que faço por prazer”, diz ele, sobre o encontro de arte e natureza. Na hora de ganhar dinheiro, o ambiente comum ao fotógrafo é o meio urbano.



Eduardo conta que a Serra do Japi reúne belíssimas paisagens com água e é sempre um deleite aos olhos. Na frente de quedas de água, ele e seus alunos escolhem com calma a melhor opção. “Ao contrário do que muitos pensam, não é nada fácil.”

E nem tudo nessa busca pelo natural é fácil ou prazeroso. Entrar com máquinas ou qualquer outro tipo de produtos eletrônicos na água exige cuidado extremo - principalmente quando uma das ordens é estar nos locais menos indicados, até perigosos: à beira de quedas em cachoeiras ou mesmo embaixo delas. São estes ângulos buscados por Eduardo que acabam transformando muitas de suas fotos em obras de arte,



Professor de fotografia em cursos da Secretaria Municipal de Cultura, Eduardo tem na serra - e, por consequência, em sua água - um ambiente perfeito para fazer aflorar em seus alunos o olhar inesperado, dada as inúmeras possibilidades da paisagem.




Colaboração: Eduardo Gavioli

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