Os fotógrafos que trabalharam na São Paulo Fashion Week realizaram um protesto na noite desta quarta-feira (2).
O motivo foi o roubo do equipamento do fotógrafo Keiny Andrade, freelancer da agência internacional Getty Images, dentro da sala de imprensa do evento, na tarde do mesmo dia.
Antes de começar o desfile da Cavalera, que encerrou a edição Outono/Inverno 2011, os fotógrafos levantaram cartazes de protesto e colocaram as suas câmeras para o alto.
Um dos cartazes dizia: "Parem de nos roubar". Espertos, eles escreveram alguns cartazes também em inglês, já que o evento é coberto por profissionais do mundo todo.
Roubo na sala de imprensa da São Paulo Fashion Week não é novidade.
Na última edição do evento, em junho de 2010, o fotógrafo Ernesto Rodrigues, do jornal O Estado de S.Paulo, teve furtado todo equipamento com o qual trabalhava, avaliado por ele em cerca de R$ 40 mil.
Em 2008, outro roubo já havia sido registrado: a fotógrafa Silvia Borello, da revista Corte Perfeito, teve furtada sua câmera, avaliada em R$ 4.000.
Na época, a organização da SPFW disse o mesmo que repetiu dessa vez: a responsabilidade pelo equipamento é do profissional. Com o argumento, se isentou de qualquer possibilidade de ressarcimento.
Contudo, os fotógrafos insistem em uma coisa: que câmeras sejam instaladas na sala de imprensa. Assim, teriam maior segurança para trabalhar - eles precisam utilizar equipamentos caros e pesados.
O pedido já foi feito inúmeras vezes, mas nunca foi atendido.
Questionada sobre o assunto pela reportagem do R7, a organização informa que vale o que está escrito em uma das cláusulas do credenciamento da imprensa, que diz que "a organização do evento não se responsabiliza, em nenhuma hipótese, por eventuais extravios e ou quaisquer danos causados a estes materiais".
Sobre as câmeras, a SPFW diz que não pretende instalá-las, porque elas "tirariam a privacidade dos profissionais".
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