JERUSALÉM - A Líbia deixou em liberdade um fotógrafo israelense detido durante cinco meses por seus serviços de segurança, como parte de um acordo secreto em que a Áustria atuou como mediadora, informou nesta segunda-feira uma autoridade israelense.
A Rádio Israel disse que Rafael Hadad foi preso em março pela suspeita de que era um espião após viajar para a Líbia, que se encontra tecnicamente em guerra com Israel, com um passaporte tunisiano, seu segundo documento de viagem. Mas o funcionário descartou que Hadad fosse um espião.
Hadad, de 34 anos, viajou para Viena na noite de domingo e se reuniu com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, que negociou seu regresso através de um empresário austríaco que tem laços com o governo líbio, explicou a autoridade.
As negociações coincidiram com a partida no mês passado de um barco fretado pela Líbia que transportava ajuda humanitária para os palestinos na Faixa de Gaza, que sofre um bloqueio naval israelense.
A Líbia pediu a Israel que permitisse que a embarcação Amalthea, de bandeira moldava, chegasse a Gaza em troca de libertar Hadad.
Como parte do compromisso, o Amalthea atracou no porto egípcio de El Arish, e Israel aceitou que cerca de 20 estruturas pré-fabricadas de sua carga fossem admitidas em Gaza.
Hadad viajou para a Líbia para fotografar locais que fazem parte do patrimônio cultural do povo judeu em representação de Ohr Shalom, uma organização israelense de emigrantes líbios, disse seu diretor, Pedatzur Ben-Atia, à Rádio Israel.
O funcionário israelense descreveu Hadad como um civil inocente, e disse que durante as negociações os líbios não apresentaram acusações de espionagem.
De O Globo
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